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Vida de luxo! Família de brasileiros é presa por comandar 'império' de bordéis em Londres

Três brasileiros apoiavam operações da Polícia Federal e do Exército em Brasília e no Rio de Janeiro

O casal de paulistas Flávia Xavier-Sacchi, de 23 anos, e Renato Dimitrov Sacchi, de 43 anos e o irmão dele, Raul Sacchi, de 49 foram presos em Londres
O casal de paulistas Flávia Xavier-Sacchi, de 23 anos, e Renato Dimitrov Sacchi, de 43 anos e o irmão dele, Raul Sacchi, de 49 foram presos em Londres -

Londres - Uma família de brasileiros foi presa acusada de comandar um 'império' de bordéis, prostituição e drogas em Londres. Nas redes sociais, os três brasileiros ostentavam vida de luxo a bordo de jetskis, Ferrari e Lamborghini. O casal de paulistas Flávia Xavier-Sacchi, de 23 anos, e Renato Dimitrov Sacchi, de 43 anos, e o irmão dele, Raul Sacchi, de 49, também compartilhavam imagens em defesa de operações da Polícia Federal e do Exército em Brasília e no Rio de Janeiro. 

O trio foi preso e condenado por coordenarem um esquema de prostituição, escravidão moderna, bordéis clandestinos, segurança ilegal e venda de drogas em Londres. Segundo informações da "BBC", a quadrilha tinha ao menos outros cinco brasileiros como empregados e faturava milhões de libras por ano. A Scotland Yard realizou uma operação com mais de um ano de duração, contando com agentes infiltrados à paisana para conseguir deter o esquema.

Em nota, a polícia metropolitana de Londres informou que "as pessoas geralmente são reticentes ou têm muito medo de contribuir com investigações sobre escravidão moderna". Por esse motivo, a rede de acusação é montada para desarticular as organizações criminosas a partir de todos os tipos de prova possíveis em um processo mais longo de apuração.

Depois de negarem qualquer envolvimento em atividades ilegais, o casal confessou ter culpa e foram condenados a mais de 8 anos de prisão cada. O terceiro envolvido, Raul Sacchi, não admitiu participação no crime e foi condenado a uma pena de 9 anos. A rede de prostituição comandada pelos brasileiros estava presente em seis bairros do norte de Londres. 

A investigação do caso começou em 2017, a partir do depoimento de uma jovem brasileira que afirmou ser forçada a trabalhar nos bordéis da quadrilha durante dois meses e que era ameaçada de morte caso deixasse de trabalhar para a quadrilha. Autoridades britânicas ajudaram a brasileira, que teve a identidade preservada, a fugir. 

Nos celulares confiscados pela polícia, os investigadores encontraram trocas de mensagens pelo WhatsApp em que os acusados definiam a forma de segurança e os detalhes sobre a forma como os bordéis deveriam ser operados. Raul teria dito em um dos grupos que "não existe isso de garotas cansadas, elas estão ali para trabalhar". 

Na Grã-Bretanha a prostituição é uma atividade legal, mas a exploração por meio de cafetões, cafetinas ou bordéis é proibida. Ao todo, a família pegou 39 anos de prisão somando as penas dos réus.