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Jovem recebe diagnóstico de alergia a queijo mas na verdade era um tumor

'Apesar de minhas constantes dores de cabeça e doença, ninguém nunca sugeriu que eu deveria fazer uma varredura cerebral', disse Allana Prosser

Allana Prosser
Allana Prosser -
Allana Prosser estava determina a provar para os médicos de Warwickshire, na Inglaterra, que eles estavam errados sobre o diagnóstico de alergia a queijo. Após anos indo ao hospital com vários sintomas, a jovem descobriu que tinha um tumor cerebral do tamanha de uma laranja. 
Em recuperação, Allana não desistiu do olho que ficou tampado e aprendeu a ver com o olho direito novamente. Agora a jovem está compartilhando sua história para conscientizar as pessoas. "Eu me considero um dos sortudos. Eu sobrevivi e tive a chance de viver minha vida", contou.
O pesadelo de Allana começou em 2009, aos 11 anos, quando teve dores de cabeça. "Eu tomava todos os dias dois paracetamol a cada quatro horas como um relógio para tocar a dor e também me sentia doente todas as manhãs", contou. Os sintomas só pioravam até que a partir dos 13 anos, ela começou a desmaiar. "Apesar de minhas constantes dores de cabeça e doença, ninguém nunca sugeriu que eu deveria fazer uma varredura cerebral", explicou.

Aos 14 anos Allana teve problemas para menstruar e o crescimento atrasado em relação aos outros jovens. Ela também desenvolveu uma sede excessiva, mas os médicos ignoraram os sintomas e disseram à mãe dela que era apenas sede.

Após muita insistência, Allana teve mais uma avaliação no hospital e foi quando o médico fez um diagnóstico errado. "Ele disse que minhas dores de cabeça foram desencadeadas por uma alergia ao queijo e sugeriu que eu parasse de comê-lo. Mas eu não parei porque sabia que havia algo muito mais sério comigo - você conhece seu próprio corpo", declarou.

Em maio de 2015 Allana finalmente foi diagnosticada após ir ao oftalmologista. "Eu fui ao médico e o oculista disse que havia pressão atrás dos meus olhos. Ela me enviou à clínica oftalmológica de emergência do meu hospital local, mas eles disseram que não podiam ver nada. Quando saímos, minha mãe passou mal e eu fiquei realmente envergonhada - mas o colapso dela salvou minha vida. Quando um médico viu em que estado ela estava e perguntou o que estava errado, ele organizou uma tomografia computadorizada para mim", revelou a jovem.

Foi quando a notícia do tumor cerebral veio, do tamanho de uma laranja a partir do tecido embrionário com o qual ela nasceu. O tumor estava pressionando o nervo óptico no olho direito, o que explicava todos os sintomas.

Allana passou por uma cirurgia de 10 horas para retirada parcial do tumor. Ela se recuperou bem da cirurgia, mas soube que o olho direita nunca mais se abriria. "Todos os dias, durante alguns meses, coloco fita adesiva no olho por algumas horas para estimular os músculos oculares. Deus sabe como eu tive a ideia, mas funcionou", disse animada.

Em fevereiro de 2016 a jovem foi para Flórida por três meses para diminuir o que restava do tumor. Agora Allana começou a estudar para poder trabalhar com crianças e é embaixadora em uma campanha de conscientização sobre tumores.