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Presidente do Irã rejeita novo acordo nuclear e declara que Trump 'quebra promessas'

Hassan Rohani disse que as nações europeias falharam em cumprir as promessas que haviam feito de proteger a economia iraniana das sanções dos EUA

Presidente do Irã relembra acordos desfeitos por conta do Presidente dos Estados Unidos
Presidente do Irã relembra acordos desfeitos por conta do Presidente dos Estados Unidos -
Nesta quarta-feira (15), o presidente do Irã, Hassan Rouhani, se pronunciou sobre o novo acordo nuclear proposto pelos EUA e nações europeias, o qual chamou de 'Acordo Trump', dizendo que a proposta é "estranha" e que o presidente norte-americano tem um histórico de "quebrar promessas".

"Este primeiro-ministro em Londres, eu não sei o que ele pensa. Ele diz que devemos deixar de lado o acordo nuclear e colocar em prática o plano de Trump. O que nós fizemos até agora é reversível e está sob a supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica", afirmou Rouhani, em entrevista à TV estatal do Irã , ressaltando ainda que o país pode voltar atrás no processo tão logo as sanções impostas pelos norte-americanos sejam revogadas.

No discurso, Rouhani pediu ainda que os EUA retornem ao pacto nuclear firmado entre os paises e que foi abandonado em 2018 por Trump. Desde a saída, o governo norte-americano vem impondo diversas sanções a economia iraniana, o que fez com que o país retomasse o processo de enriquecimento de urânio para a produção de armamentos.

Tal postura fez com que Reino Unido, França e Alemanha se juntassem e ativassem um mecanismo de solução de disputa, posicionamento que foi criticado e chamado de "erro estratégico" por Rouhani em seu pronunciamento.
O presidente do Irã disse que as nações europeias falharam em cumprir as promessas que haviam feito de proteger a economia iraniana das sanções dos EUA. Além disso, ressaltou que sua posição sempre foi voltada para a paz, mas que isso só poderá ser atingido quando os militares americanos deixarem o Oriente Médio : "pedimos que isso aconteça, mas sem qualquer tipo de confronto. Não queremos que haja insegurança no mundo".