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OMS diz estar mais perto da vacina e do tratamento para o coronavírus

Organização ainda não classifica o surto como uma pandemia

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus -
 
São Paulo - A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que há pelos menos 20 vacinas sendo elaboradas em diferentes partes do mundo e que a cada dia "estamos mais perto de uma vacina e de tratamentos eficientes para conter o coronavírus".

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, representantes da OMS concentraram suas falas na contenção a propagação do vírus. A organização ainda não classifica o surto como uma pandemia.

Segundo a OMS, o número de pessoas infectadas globalmente atingiu os 100 mil casos, em 47 países com 3.383 mortes. Nas últimas 24 horas, 2.706 caos foram reportados em diversos países

A organização mantém a diretriz de que todos os casos graves devem passar por testes para coronavírus, numa seleção clínica. Cada país deve criar parâmetros para isolar pacientes e identificar qual é a melhor forma de tratamento.

Ainda é difícil calcular a taxa de mortalidade do vírus porque ele afeta populações de maneiras diversas, mas a OMS está trabalhando com modelos matemáticos. O que se sabe é que a idade avançada e a saúde frágil podem levar à morte por coronavírus.

Os representantes da OMS disseram também que não é possível afirmar que a chegada do calor no Hemisfério Norte vá diminuir a ação do vírus. "Ainda não sabemos os diferentes comportamentos do vírus em diferentes climas", afirmou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A entidade não incentiva restrições de viagens em massa, mas informou que é preciso manter restrições para locais onde há evidência de surto do vírus.

Fragilidade

A OMS voltou suas preocupações para os países com sistema de saúde mais frágil, onde o coronavírus poderia ser mais danoso e mortal. A organização frisou que é preciso impedir que essas populações em risco nas regiões mais vulneráveis sejam afetadas pelo vírus de Wuhan.

"É preciso evitar que o coronavírus chegue a campos de refugiados, por exemplo, pela fragilidade deles", alertou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Continuaremos a apoiar, principalmente, países mais frágeis contra o coronavírus", acrescentou Tedros, afirmando que suprimentos de antibióticos, analgésicos e remédios para outras enfermidades graves como malária, estão sendo distribuídos em um força tarefa para dar suporte às nações vulneráveis.

Ainda de acordo com a OMS, a disseminação do coronavírus pode piorar ou diminuir, depende de ações que estão sendo tomadas agora para conter o surto.