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Espanha registra queda no balanço diário de mortes por coronavírus, com 523 óbitos

No entanto, o país registrou nesta quarta-feira mais de 5.000 novos casos diários da COVID-19, um resultado que acabou com uma sequência de seis dias de queda

Ruas de Madrid estão vazias durante a quarentena obrigatória na Espanha
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A Espanha registrou nesta quarta-feira (15) uma redução no balanço diário de mortes provocadas pelo coronavírus, com 523 vítimas fatais nas últimas 24 horas, o que eleva o total de óbitos no país a 18.579, informou o ministério da Saúde.
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Na terça-feira o país anunciou 567 mortes em 24 horas.

O país, no entanto, registrou nesta quarta-feira mais de 5.000 novos casos diários da COVID-19, um resultado que acabou com uma sequência de seis dias de queda. A Espanha acumula um total de 177.633 de casos notificados.

Um aumento vinculado à ampliação do número de exames realizados e à chegada de dados atrasados pelos dias de feriado da semana da Páscoa, explicou em entrevista coletiva Fernando Simón, diretor do Centro de Emergências Sanitárias do ministério da Saúde.

Como dado positivo, o número de pessoas que receberam alta superou nesta quarta-feira 70.000, o que representa quase 40% do total de casos confirmados.
Madri, Espanha | AFP | quarta-feira 15/04/2020 - 12:10 UTC-2 | 518 palavras

A Espanha registrou nesta quarta-feira (15) uma redução no balanço diário de mortes provocadas pelo coronavírus, com 523 vítimas fatais nas últimas 24 horas, o que eleva o total de óbitos no país a 18.579, informou o ministério da Saúde.

Na terça-feira o país anunciou 567 mortes em 24 horas.

O país, no entanto, registrou nesta quarta-feira mais de 5.000 novos casos diários da COVID-19, um resultado que acabou com uma sequência de seis dias de queda. A Espanha acumula um total de 177.633 de casos notificados.

Um aumento vinculado à ampliação do número de exames realizados e à chegada de dados atrasados pelos dias de feriado da semana da Páscoa, explicou em entrevista coletiva Fernando Simón, diretor do Centro de Emergências Sanitárias do ministério da Saúde.

Como dado positivo, o número de pessoas que receberam alta superou nesta quarta-feira 70.000, o que representa quase 40% do total de casos confirmados.

As autoridades de saúde da Espanha, terceiro país com mais mortes provocadas pelo coronavírus, destacaram que o pico da epidemia ficou para trás, depois do recorde de 950 mortes em apenas um dia e mais de 8.000 novos casos em 2 de abril.

Os números de mortes são questionados em algumas regiões, como Madri, a mais afetada, onde segundo o governo regional, nas mãos da oposição conservadora, as mortes alcançariam 10.000, muito acima das 6.724 notificadas oficialmente.

Em Madri e em outras regiões como a Catalunha, hospitais e UTIs continuam operando no limite. Os profissionais da saúde foram particularmente afetados pelo vírus, com mais de 27.000 infectados, embora vários já tenham recebido alta e retornado ao trabalho, informou Simón.

A Espanha mantém desde 14 de março um dos confinamentos da população mais rígidos da Europa. Os cidadãos só podem sair de casa para trabalhar (caso não consigam fazê-lo de casa), comprar comida e remédios ou para passear com o cachorro.

O confinamento está programado até 25 de abril, inclusive, mas o governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez já antecipou que a medida deve ser prorrogada.
Na segunda-feira, alguns setores da economia retornaram ao trabalho após duas semanas de paralisação. Para prevenir um aumento nos contágios, milhares de máscaras foram distribuídas nos transportes públicos.

O governo calcula que 67% dos espanhóis cumprem rigorosamente o confinamento.

"Estamos tomando medidas duras que estão mostrando eficácia, que estão protegendo, salvando vidas", declarou Pedro Sánchez nesta quarta-feira no Parlamento.

"Como consequência do confinamento, estou convencido de que os espanhóis em breve recuperarão a normalidade (...), a nova normalidade, porque nada será igual como consequência da COVID-19, até que encontremos a vacina", afirmou Sánchez, ante as críticas da oposição, que denuncia o que considera a má gestão da crise por parte de seu governo.

"A Espanha já é o país do mundo com mais mortes por número de habitantes e com mais profissionais da saúde contagiados do mundo, por culpa de uma nefasta política de compra de material de saúde", criticou o líder do opositor Partido Popular (PP), Pablo Casado.