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Estudo de Oxford aponta que grávidas não correm risco maior com covid-19

Levantamento concluiu ainda que a transmissão da infecção da mãe para o bebê é baixa e que mulheres mais velhas, com sobrepeso, e que têm doenças preexistentes, como pressão alta, diabetes, têm maior probabilidade de serem hospitalizadas com coronavírus

Foram analisadas 427 grávidas internadas com o vírus entre março e abril
Foram analisadas 427 grávidas internadas com o vírus entre março e abril -
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, concluiu que gestantes não são mais vulneráveis a complicações graves da covid-19, quando comparadas a outras mulheres. Foram analisadas 427 grávidas internadas com o vírus entre março e abril. No entanto, pesquisadores descobriram que, embora as gestantes não sejam mais vulneráveis a complicações graves da doença, a maioria das que ficaram gravemente doentes estava no terceiro trimestre da gravidez.
O levantamento, que também contou com o auxílio das universidades de Leeds e Birmingham, Kings e Imperial Colleges London, concluiu ainda que a transmissão da infecção da mãe para o bebê é baixa e que mulheres mais velhas, com sobrepeso, e que têm doenças preexistentes, como pressão alta, diabetes, têm maior probabilidade de serem hospitalizadas com coronavírus.
Segundo a Dra. Maria Cecília Erthal, diretora-médica do Vida - Centro de Fertilidade, realmente "não parece que a mulher gravida tem uma chance maior de ter o vírus de uma forma mais severa se comparado a população em geral. Mesmo assim, é necessário ter cautela. Os estudos são iniciais, os bebês da covid estão começando a nascer agora, e os que estão nascendo, estão nascendo prematuramente porque a infecção surgiu na China, a partir de dezembro, então a data provável desses bebês nascerem concluindo as 40 semanas do período gestacional seria em setembro", ressalta a especialista.
Segundo entendimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), muitas pesquisas científicas estão em andamento para comprovar todos os efeitos da infecção pelo coronavírus no organismo das grávidas. Devido às alterações do corpo e do sistema imunológico normais nesta fase, são recomendadas precauções de proteção contra o vírus, para evitar o agravamento dos casos. Além disto, as grávidas já foram afetadas por infecções respiratórias, como ocorreu na pandemia de H1N1.
Já o Ministério da Saúde analisa a situação das grávidas na categoria de "Casos especiais", a mesma usada para cardíacos e outros grupos vulneráveis.