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Medicação dada a Trump teria sido desenvolvida a partir de células derivadas de feto

Presidente promove coquetel como uma 'cura' potencial, enquanto busca consistentemente restringir o acesso ao aborto nos Estados Unidos

Donald Trump trabalha na suíte presidencial do Centro Médico Militar Nacional Walter Reed em Bethesda, Maryland, em 3 de outubro
Donald Trump trabalha na suíte presidencial do Centro Médico Militar Nacional Walter Reed em Bethesda, Maryland, em 3 de outubro -
Uma das drogas tomadas por Donald Trump, que ele apontou como uma potencial "cura" para o novo coronavírus, foi desenvolvida com células humanas originalmente obtidas de um aborto eletivo, prática repetidamente denunciada pelo presidente e por muitos de seus apoiadores.

A droga é um coquetel de anticorpos monoclonais desenvolvido pela Regeneron. O presidente recebeu uma infusão de 8 gramas sob uma isenção de "uso compassivo" quando foi hospitalizado no fim de semana após teste positivo para Covid-19.

As células-tronco usadas para desenvolver o medicamento são conhecidas como HEK-293T, uma linha usada em laboratórios. Elas pertenciam a um rim embrionário após um aborto eletivo, realizado na Holanda na década de 1970.

O medicamento da Regeneron não está disponível ao público e foi testado em apenas 275 pessoas até o momento.

Trump tem consistentemente buscado restringir o acesso ao aborto, inclusive mais recentemente, quando indicou a conservadora juíza católica Amy Coney Barrett para a suprema corte no mês passado.