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Trump sofre segundo impeachment na Câmara dos EUA

Agora, o processo segue para o Senado. Mandato do presidente termina em menos de uma semana

Donald Trump
Donald Trump -
EUA - A uma semana para o fim do seu mandato, Donald Trump sofreu o segundo impeachment e se tornou o primeiro presidente da história dos EUA aprovado para ser afastado do cargo duas vezes. Desta segunda vez, o chefe do Executivo norte-americano foi acusado de "incitar a insurreição". Isso em razão da invasão ao Congresso norte-americano na quarta-feira passada. Na ocasião, cinco pessoas foram mortas e mais de 90 presas.
Com quase todos os votos contados, o número de legisladores favoráveis ao impeachment sob a única acusação de "incitamento à insurreição" ultrapassou 217, número mínimo para ser ter maioria na Câmara Baixa, que tem 433 membros.
Foram 232 votos a favor e 197 contra o presidente dos EUA. Pelo menos 10 republicanos votaram com os democratas, já outros quatro do mesmo partido não votaram. Todos os democratas foram unânimes na votação favorável a abertura do processo de afastamento, apenas um não votou.
No primeiro impeachment que ele sofreu, em 2020, Trump havia sido sido declarado culpado por obstrução ao Congresso e abuso de poder. Neste processo, Trump foi absolvido no Senado, que até então tem maioria republicana.
Trump deve continuar no cargo até a próxima quarta-feira, dia 20, quando acaba seu mandato e o presidente eleito, Joe Biden, toma posse como novo chefe do Executivo.

O impeachment do presidente irá desencadear um julgamento no Senado dos Estados Unidos, o que não deve começar até que Trump, de 74 anos, já não esteja mais no cargo.

Pouco antes do início da votação, o segundo democrata na Câmara dos Representantes, Steny Hoyer, pediu aos legisladores para "rejeitar a insurreição, a tirania e a rebelião", e votar para acusar Trump "pelos Estados Unidos, pela nossa Constituição, pela democracia, pela História".
Durante a sessão antes da votação, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, declarou, que o republicano "é um perigo claro e constante para a nação".
*Com informações da AFP