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Cepa britânica de Covid-19 circula 'amplamente' na Espanha

A variante é responsável por 20% a 25% das novas infecções, segundo o diretor de emergências de saúde do governo espanhol

A Espanha registrou mais de 66.700 mortes e 3,1 milhões de infecções pela covid-19
A Espanha registrou mais de 66.700 mortes e 3,1 milhões de infecções pela covid-19 -
Madrid - A nova variante do coronavírus detectada em novembro no Reino Unido "já circula amplamente" na Espanha, sendo responsável por 20% a 25% das novas infecções, disse o diretor de emergências de saúde do governo espanhol nesta quinta-feira (18).

“A variante britânica já circula amplamente na Espanha”, disse o doutor Fernando Simón em uma entrevista coletiva para fazer um balanço da pandemia, em remissão na Espanha após ter se expandido rapidamente após a temporada de festas de fim de ano.

“Temos estimativas em nível nacional de que a variante britânica ocuparia cerca de 20%-25% do espaço” e em algumas regiões “a prevalência já estaria perto de 50%”, acrescentou Simón.

A incidência das outras duas cepas presumivelmente mais contagiosas do vírus é menor, com apenas 7 casos detectados da variante sul-africana e 3 da brasileira, todos importados, explicou o médico.

Para evitar a propagação dessas variantes, o governo espanhol limitou as chegadas aéreas desses três países a pessoas com nacionalidade ou residência na Espanha e Andorra.

Além disso, no caso do Brasil e da África do Sul, os viajantes devem cumprir a quarentena obrigatória de 14 dias a partir de segunda-feira, medida que não se aplica no caso do Reino Unido.

“Neste momento não faz muito sentido controlar a entrada da variante britânica”, dada a sua elevada presença na Espanha, defendeu Simón.

Em declarações anteriores, o médico havia alertado que a cepa detectada no Reino Unido poderia ser majoritária no país até março.

As variantes detectadas em Reino Unido, África do Sul e Brasil preocupam a comunidade internacional, que questiona sua contagiosidade e a eficácia das vacinas contra elas.

A Espanha, um dos países europeus mais afetados pelo vírus, é responsável por mais de 66.700 mortes e 3,1 milhões de infecções pela covid-19.