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Jovem morre após ser atingida por tiro na Praça Seca

Essa é a terceira vítima morta ao ser ferida por projétil em pouco mais de 24 horas. No Complexo do Alemão, João Victhor Valle Dias, de 9 anos, morreu ao ser atingido no peito. Em Senador Camará, Edna Palafoz de Oliveira foi ferida por uma bala perdida no momento em que criminosos armados atacaram um blindado da PM

Rio - Uma adolescente ainda não identificada morreu, na noite desta sexta-feira, após ser atingida por tiro no rosto na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio. Segundo as primeiras informações, os disparos teriam sido feitos por criminosos. A jovem de 15 anos foi socorrida para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu. A Delegacia de Homicídios (DH) fez uma perícia no local e investigará o caso. 

Na tarde desta sexta, a Polícia Civil fez uma operação na região. A ação era uma continuação da operação deflagrada ontem para combater a milícia que atua na Taquara. Dois homens apontados como milicianos foram presos e três fuzis (AK-47, AR-10 e M-16), três pistolas, munições e carregadores foram apreendidos. 

A adolescente é a terceira vítima morta ao ser ferida por projétil em pouco mais de 24 horas. Na quinta-feira, no Complexo do Alemão, João Victhor Valle Dias, de 9 anos, morreu ao ser ferido no peito. Já em Senador Camará, Edna Palafoz de Oliveira foi ferida por uma bala perdida no momento em que criminosos armados atacaram um blindado da PM.  

Morte de crianças e adolescentes por intervenção policial aumenta

Em 2017, 365 crianças e adolescentes foram mortos no estado do Rio de Janeiro, sendo 104 em ações das forças de segurança, o que corresponde a 28% do total. O número mostra uma tendência de crescimento no estado desde 2011, quando a taxa de homicídios decorrentes de intervenção policial para adolescentes por grupo de 100 mil habitantes foi de 0,9, crescendo ano a ano até chegar a 7,4 no ano passado. Os dados estão na quarta edição do Dossiê Criança e Adolescente, lançado nesta sexta-feira pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão da Secretaria de Estado de Segurança.

Segundo a organizadora do dossiê, Flávia Vastano Manso, o estado segue a tendência nacional de aumento dos assassinatos: "Na questão da letalidade violenta (de crianças e adolescentes) a gente viu que o Rio de Janeiro segue a tendência nacional, com mudança de patamar a partir de 2014 na taxa das vítimas de homicídios dolosos e também de mortes por intervenção policial".