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Justiça determina prisão de médico acusado de abusar de pacientes

Na quinta, mais sete mulheres foram à Delegacia de Defesa da Mulher e chegou a 33 o número de denúncias contra Augusto César Barreto Filho, de 74 anos

Ministério Público alegou, no pedido de prisão, que havia risco de o médico voltar a agir, uma vez que continua com registro profissional ativo
Ministério Público alegou, no pedido de prisão, que havia risco de o médico voltar a agir, uma vez que continua com registro profissional ativo -

São Paulo - A Justiça determinou nesta quinta-feira a prisão do médico Augusto César Barreto Filho, de 74 anos, acusado de abusar sexualmente de pacientes em seu consultório. O pedido partiu do Ministério Público Estadual (MPE) e a decisão foi do juiz João Pedro Bressane Barbosa, da 2ª Vara Criminal de Presidente Prudente (SP), onde o acusado atuava na área de cardiologia.

O MPE alegou que havia risco de o médico voltar a agir, uma vez que continua com registro profissional ativo. Nesta quinta, mais sete mulheres foram à Delegacia de Defesa da Mulher e chegou a 33 o número de denúncias contra o cardiologista. Outras 20 ligaram dizendo que também foram vítimas, mas que ainda estudam se irão à polícia.

"É normal que algumas mulheres se sintam um pouco constrangidas em ir diretamente fazer a denúncia", diz a delegada Adriana Pavarina, responsável pelo caso. A polícia acreditava que os abusos tinham começado em 2008, mas há relato de uma vítima do cardiologista há mais de 20 anos. Conforme as denúncias, o médico agia durante as consultas. "Na hora de medir a pressão arterial ou batidas do coração, ele acariciava as partes íntimas das pacientes e até encostava seus órgãos genitais nelas", afirma Adriana.

Defesa

O médico é acusado pelo crime de violação sexual mediante fraude, que pode render até 6 anos de reclusão. Ele foi chamado à Polícia Civil no mês passado, negou as acusações e disse que só falaria sobre o caso em juízo.

Já o advogado de defesa, Emerson Longhi, diz que não se manifestará em respeito às partes e porque o caso tramita em segredo de Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.