A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) investiga se a morte do professor de artes marciais Rodrigo Tawil Fernandes, conhecido como Rodrigo Cafú, de 43 anos, foi a mando do chefe do tráfico de drogas do Morro do Cruz, que fica entre Andaraí e Tijuca, na Zona Norte do Rio. Há informações de que Cafú vinha se desentendendo com o traficante por causa de uma casa que ele havia comprado na comunidade.
Pelo menos seis pessoas — entre parentes e amigos do ex-filho do jogador Cafuringa — estiveram no Instituto Médico Legal (IML) em São Cristóvão para liberar o corpo dele. Durante todo o tempo, o irmão de Cafú, que também era segurança do grupo de pagode Sorriso Maroto, era consolado por amigos e familiares. A esposa dele também estava no IML e era mais uma confortada por parentes.
O corpo de Rodrigo será velado e enterrado nesta sexta-feira, no Cemitério do Caju, na Zona Norte. Durante a liberação do corpo nenhum familiar quis falar com a imprensa.
Linhas de investigação
Apesar de trabalhar com a hipótese de participação do tráfico na morte de Cafú, a DH não descarta nenhuma linha de investigação. Os investigadores querem saber se Rodrigo já havia se encontrado com o traficante e se ele vinha sendo ameaçado.
"Está evidente que foi execução. Em um assalto a pessoa não é assassinada com 14 tiros", disse o diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o delegado Antônio Ricardo Nunes.
O crime
Rodrigo foi executado minutos depois de voltar do aniversário da mãe. O professor, que estava na porta de casa, estaria com uma grande quantidade de dinheiro, que não foi levado. A DH vai apurar para que seria o montante.