Morte na Dutra

O vigilante Carlos Henrique Menoio de Carvalho, de 40 anos, foi morto em uma tentativa de assalto na Rodovia Presidente Dutra, na altura da Pavuna, na madrugada de ontem. Ele fazia a escolta de um caminhão-frigorífico com outro vigilante quando foram abordados por dois criminosos, armados com fuzis calibre 556. No Brasil, somente é permitido o uso de revólveres 38, pistolas e carabinas por vigilantes.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve troca de tiros entre os bandidos e os vigilantes. Entretanto, Luiz Carlos Ramos, gerente da empresa Trainsec Segurança, negou que a equipe tenha reagido ao assalto.

"O Menoio fazia a escolta junto a outro vigilante quando o caminhão foi parado na Dutra. Eles saíram correndo do carro e os criminosos atiraram cerca de 20 vezes. Um deles se jogou no mato para se proteger dos tiros e sobreviveu. Infelizmente, o Menoio continuou correndo no sentido contrário dos carros e foi atingido no pescoço", afirmou o gerente.

Carlos Menoio morreu no local. A carga não foi levada pelos criminosos, que fugiram logo após atingir o vigilante. O crime aconteceu a cerca de um quilômetro de um posto da Polícia Rodoviária Federal. Agentes da PRF foram acionados, mas não conseguiram localizar os bandidos.

"Esse foi o primeiro ataque sofrido desde que a empresa começou a fazer escoltas e foi fatal. Pretendemos contratar um instrutor para um treinamento de evasão e não de combate a esses grupos criminosos. Até porque não temos o mesmo poder de fogo. Queremos preservar a vida de nossos funcionários", destacou Ramos.

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) instaurou inquérito para investigar o crime. Nas redes sociais, familiares e amigos de Menoio prestaram homenagens ao vigilante. "Hoje meu coração está destroçado. Perdemos nosso amigo, irmão, cunhado. Queria que fosse tudo engano. Vai com Deus, te amarei por toda a minha vida", lamentou uma familiar.