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Acusado de assassinar Marielle Franco, Ronnie Lessa é indiciado por tráfico de armas

Delegado responsável pelo caso afirma que o crime foi cometido até pouco tempo antes da prisão em março de 2019

Ronnie Lessa, apontado como o executor de Marielle Franco e Anderson Gomes
Ronnie Lessa, apontado como o executor de Marielle Franco e Anderson Gomes -
O PM reformado e acusado de integrar milícia, Ronnie Lessa, foi indiciado por tráfico internacional de armas pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme). Lessa está preso desde de 2019 acusado de ser o responsável pela execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
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O PM reformado Ronnie Lessa (à esquerda) e o ex-PM Élcio de Queiroz se encontraram com policial da ativa Alexandre Brum / Agencia O Dia
15/03/2019 - Caso Marielle Franco, vereadora do PSOL, assassinada em marco de 2018. Na imagem, o policial reformado Ronnie Lessa, de muleta, acusado de ser o autor dos disparos que executou Marielle, deixa a DH - Delegacia de Homicidios, na Barra, apos se negar a depor sobre o caso. Foto de Alexandre Brum / Agencia O Dia - POLICIA MARIELLE FRANCO ATENTADO MORTE ASSASSINATO CRIME DIREITOS HUMANOS SEGURANCA PRISAO LUTA POPULACAO NEGRA MILITANTE PSOL; .. Alexandre Brum / Agencia O Dia
O sargento reformado Ronnie Lessa é acusado de ter feito os disparos Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Considerado de alta periculosidade, o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa (E) permaneceu algemado na audiência de custódia Reginaldo Pimenta/Agência O Dia
Ronnie Lessa, apontado como o executor de Marielle Franco e Anderson Gomes Divulgação

As investigações apontam que Lessa traficava armas dos Estados Unidos desde 2014 auxiliado pela filha Mohana Figueiredo que morava no país. Desde a prisão, os celulares de Lessa eram investigados pela Delegacia de Homicídios (DH) e Ministério Público, que repassaram o material para a Desarme.

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Segundo o delegado titular da especializada, Marcus Amim, Ronnie Lessa comprava peças de armas da China pela internet. O esquema consistia em encaminhar o material comprado para os Estados Unidos, onde sua filha morava. Ela ficava responsável por trocar as embalagens originais, colocando em outras com o título "peças de metal" para enganar a fiscalização aeroportuária, facilitando a entrada das peças no Brasil. Em conversa no dia 13 de agosto de 2018, a filha envia fotos de uma peça de fuzil para o pai que a orienta a mudar o nome do objeto para burlar a fiscalização brasileira. 

A polícia encontrou 117 fuzis incompletos e falsificados na casa de Ronnie Lessa. O homem estudava formas de fabricação de munição para estes fuzis.

Outra investigação se desenrola pois o filho de Lessa, que é menor de idade, tirou fotos com armas reais. A investigação foi encaminhada para a Vara de Infância e Juventude.