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'Agressores são PMs'

Polícia ouviu mais duas pessoas que testemunharam as agressões

Jovem agredido no Ilha Plaza Shopping diz que ficou sem dormir
Jovem agredido no Ilha Plaza Shopping diz que ficou sem dormir -

A Polícia Civil ouviu, na tarde de ontem, as testemunhas do caso de racismo contra o entregador Matheus Fernandes, de 18 anos, no Ilha Plaza Shopping, na Zona Norte do Rio. O jovem tinha ido ao centro comercial na quinta-feira para trocar um presente que havia comprado para o Dia dos Pais e foi agredido no local. Os agentes colheram dois depoimentos, do vigilante e do segurança, que presenciaram a agressão. 

De acordo com o delegado da 37ª DP (Ilha do Governador), Marcus Henrique Alves, responsável pelo caso, os dois agressores foram identificados como policiais militares, mas seus nomes não foram revelados. "Com os depoimentos, foi possível identificar que os dois homens são agentes e trabalhavam para uma empresa terceirizada que prestava serviço para o shopping", informou. 

Dois dias após o caso, Matheus conta que está mais calmo, mas espera que os culpados sejam punidos. "Estava sem conseguir dormir, muito nervoso. Mas preciso me acalmar e esperar que tudo seja resolvido", afirmou. Ele contou que um amigo que tentou ajudá-lo foi demitido de uma loja onde trabalhava no shopping. "Ele foi proibido de retornar ao shopping e uma pessoa da loja disse para ele não voltar mais", desabafou ele.

O caso aconteceu enquanto a vítima aguardava atendimento na Renner. Armados, os agressores suspeitaram que Matheus teria roubado o relógio, que possuía nota fiscal.