Mais de 100 pessoas já foram vítimas de bala perdida neste ano, na Região Metropolitana do Rio

Rio - Dezenove pessoas já foram mortas após serem vítimas de balas perdidas na Região Metropolitana do Rio, neste ano. Além das vítimas fatais, outras 87 pessoas ficaram feridas por disparos de arma de fogo. O levantamento foi feito pela plataforma Fogo Cruzado. Ainda segundo o datalab, só na cidade do Rio de Janeiro, 12 pessoas morreram e 47 foram baleadas.

A vítima mais recente na capital foi a universitária Ladyanne Paulina de 34 anos. Ela morreu após ser vítima de bala perdida, no Catumbi, na Zona Norte, na noite da última quinta-feira. Ladyanne ajudava sua namorada a fechar o trailer onde trabalhava, quando foi atingida por um disparo na cabeça durante uma perseguição de policiais à bandidos.

Os dados de violência chamam atenção, mas o índice ainda é menor do que nos anos anteriores. Em 2019, a Região Metropolitana havia registrado 45 mortos e 123 feridos por bala perdida, de 1º de janeiro até 24 de outubro. No mesmo período de 2018, 37 pessoas morreram e 160 ficaram feridas.

Outros casos em 2020

Na segunda-feira, Caio Gomes Soares, de 23 anos, foi outra vítima nesta triste estatística. O jovem foi baleado dentro de casa, no Catumbi, quando levantava da cama para pegar um suco, após acordar no início da manhã. Caio se formou em Educação Física pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

No último dia 9, as vésperas do dia das crianças, o pequeno Leônidas da Silva Oliveira, de apenas 12 anos, foi morto por uma bala perdida na cabeça quando ia com sua avó comprar um lanche no mercado, às margens da Avenida Brasil, na altura de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio. Criminosos num veículo atiraram contra uma viatura da Polícia Militar que estava baseada no acesso da favela Nova Holanda, e um dos disparos atingiu o menino. Na ocasião, uma mulher também foi baleada.