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Polícia Civil analisa 64 imagens de câmeras para esclarecer execução de contraventor

Segundo Edmar Neves, dono da Vertec Tecnologia – empresa responsável pelo sistema de monitoramento do heliporto –, imagens podem ser examinadas até um mês antes do crime

Corpo de Fernando Iggnácio caído entre os carros no estacionamento de heliporto
Corpo de Fernando Iggnácio caído entre os carros no estacionamento de heliporto -
Rio - As imagens das câmeras de segurança da empresa Heli-Rio Táxi Aéreo podem ajudar a elucidar a morte do contraventor Fernando Iggnácio, baleado na cabeça por tiros de fuzil nesta terça-feira. Segundo Edmar Neves, dono da Vertec Tecnologia – empresa responsável pelo sistema de monitoramento do heliponto –, o local conta com 64 câmeras. De acordo com Neves, a polícia já está analisando as imagens, que podem ser examinadas até um mês antes do crime
O contraventor foi atingido por tiros de fuzil 5.56, efetuados a, no máximo, cinco metros de distância. A informação foi confirmada por policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que confirmaram ainda o recolhimento de imagens de câmeras de segurança nos fundos do terreno baldio ao lado do heliporto, como o DIA antecipou.
Ainda conforme os agentes, o bicheiro havia chegado ao local de helicóptero pouco antes das 13h e estava prestes a entrar em seu carro, um Range Rover preto, quando foi atingido. A esposa do contraventor percebeu a ação e voltou para a aeronave, que decolou em seguida. Ela e o piloto não ficaram feridos. Pelo menos 10 tiros de fuzil foram disparados e cinco deles acertaram o carro da vítima, na lateral esquerda, próxima ao assento do motorista. 
TIROS À CURTA DISTÂNCIA
Conforme a DHC, o atirador acessou o terreno, que fica ao lado do estacionamento da empresa, e efetuou os disparos à curta distância por cima de um muro.
Uma testemunha que estava na Avenida das Américas contou que ouviu pelo menos 10 disparos. E que os tiros começaram pouco depois de ter ouvido o barulho de um helicóptero pousando no local. "Tive que me jogar no chão. Não cheguei a ver os bandidos. Não vi nada. Foi assustador", contou.
Parte da rua que dá acesso ao terreno do heliporto tem um portão que, segundo policiais que estão no local, têm sinais que levam a crer que pode ter sido arrombado. Além deste portão, a cerca de 150 metros ao lado há outro portão, que também está aberto. Ambos os portões dão acesso ao terreno baldio, na Rua 15 de Novembro ou Rua Professora Luiza Nogueira Gonçalves.