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Família de jovem morta a facadas em Caxias saiu da Maré por causa da violência

Rafaella Horsth foi estuprada e esfaqueada na rua de casa, na última quinta-feira

Rafaella tinha apenas 19 anos
Rafaella tinha apenas 19 anos -
Rio - A família de Rafaella Horsth, de 19 anos, tinha se mudado da favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, há pouco mais de um ano por causa da violência. Os pais da jovem, que foi morta esfaqueada após ser estuprada na rua de casa em Duque de Caxias, na última quinta-feira, quiseram fugir da violência do conjunto de favelas da Zona Norte do Rio.
"Eles se mudaram em dezembro de 2019 para tirar minhas irmãs da favela. As coisa estão mudando muito, então, a gente sai da comunidade em busca de algo melhor, foi o que eles fizeram", conta a contadora Nathalia Horsth, 27, irmã de Rafaella, que continua morando na Nova Holanda.

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Rafaella tinha apenas 19 anos Arquivo Pessoal
Rafaella tinha apenas 19 anos Arquivo Pessoal
Rafaella tinha apenas 19 anos Arquivo Pessoal
Rafaella tinha apenas 19 anos Arquivo Pessoal
Rafaella tinha apenas 19 anos Arquivo Pessoal
Rafaella tinha apenas 19 anos Arquivo Pessoal
A contadora diz que os pais estão muito abalados e se sentindo culpados pelo que aconteceu. Além de Rafaella, uma irmã de 15 anos também morava com o casal.
"Nossa família sempre foi muito grande em uma casa pequena, de poucos cômodos. Eles queriam mais espaço, mais conforto. Estavam construindo a casa. As coisas estavam se ajeitando ainda, mas a gente não sabe não o que fazer", lamenta.
PSICOLOGIA NA CABEÇA
Rafaella trabalhava na loja de manutenção de celulares de um primo, próximo de casa. A irmã conta que a jovem pensava em estudar Psicologia e estava muito animada com a autoescola, que havia acabado de iniciar.
"Ela estava se habituando ao lugar novo, se acostumando. Para ela, de 19 anos, sair de um lugar que é movimentado, que as coisas são mais perto, é mais fácil... e ela foi para um lugar em que as coisas eram mais distantes, tinha que andar... adolescente não gosta muito, quer tudo com mais facilidade", avalia Nathalia.
O corpo de Rafaella foi enterrado na tarde deste sábado, no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador. A morte da jovem é investigada pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). A especializada marcou um depoimento dos familiares para terça-feira.
Neste sábado, o Disque Denúncia divulgou um cartaz com a foto de Rafaella para ajudar na identificação e localização de responsáveis pela sua morte. Até o momento, não há informações sobre qualquer envolvido.