Mais Lidas

Portal dos Procurados pede informações sobre envolvidos na morte do motorista de aplicativo em Bonsucesso

Alexandre Jorge Monteiro de Souza foi esfaqueado e morreu na porta do Hospital Federal de Bonsucesso, Zona Norte do Rio. Familiares do motorista acusam o hospital de não ter prestado socorro

Portal dos Procurados pede informações sobre envolvidos na morte de motorista de aplicativo em Bonsucesso
Portal dos Procurados pede informações sobre envolvidos na morte de motorista de aplicativo em Bonsucesso -
Rio - O Portal dos Procurados divulgou, na terça-feira, um cartaz para ajudar a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) com informações que possam identificar os envolvidos na morte do motorista de aplicativo Alexandre Jorge Monteiro de Souza, 40 anos. O motorista foi morto a facadas, na noite de segunda-feira, em Bonsucesso, na Zona Norte. O corpo de Alexandre será sepultado, às 13h45, no Cemitério do Caju, na Zona Portuária do Rio.
Ele tentou buscar socorro no Hospital Federal de Bonsucesso, mas a emergência estava fechada. Sem atendimento, ele acabou falecendo dentro do carro em frente ao hospital. A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros foram acionados e o automóvel passou por uma perícia. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML).
Alexandre tinha terminado uma corrida no Parque União, no Complexo da Maré, também em Bonsucesso, quando teria sido atacado a facadas. Ferido, Alexandre chegou a dirigir por cerca de três quilômetros em busca de socorro na emergência do hospital. No entanto, o motorista acabou morrendo dentro do seu carro.

Segundo o Instituto Médico Legal (IML), Alexandre foi atingido por quatro facadas: uma no pescoço, uma no abdômen do lado esquerdo e outras duas superficiais no ombro.

Esta é a segunda morte de motorista de aplicativo no Rio em menos de uma semana. Na quinta-feira passada (4), Gabriel Augusto Maravalhas Paes, de 32 anos, foi encontrado morto dentro de seu carro após uma tentativa de assalto na Avenida Marechal Rondon, no bairro São Francisco Xavier, também na Zona Norte.

Agentes da Delegacia de Homicídios buscam imagens de câmeras de segurança e informações que possam levar a autoria do crime.

O Disque Denúncia recebe informações sobre os dois casos nos seguintes canais de atendimento:

WhatsApp do do Portal dos Procurados: (21) 98849-6099
Telefone: (21) 2253 1177
Aplicativo "Disque Denúncia RJ"
Facebook ou Twitter 
O Disque Denúncia ressalta que o anonimato é garantido. A DHC é responsável pelos dois inquéritos criminais.
Família acusa o hospital de negligência
Familiares do motorista acusam o Hospital Federal de Bonsucesso de não prestar o devido socorro a ele. Imagens das câmeras de segurança de um estabelecimento localizado em frente ao hospital mostram o exato momento em que ele estaciona no local. 
De acordo com a esposa de Alexandre, Samila Souza, funcionários do hospital teriam negado o atendimento, já que a emergência da unidade está fechada. "Acho que foi negligência do hospital. Será que se chegar alguém aqui pra ser atendido agora, não terá nenhum médico? Ninguém veio se pronunciar, nem mesmo olhar o que aconteceu", indignou-se.
Samila contou que estranhou a demora do marido para ir buscá-la no trabalho e que conseguiu localizar o marido graças ao GPS instalado no veículo.
"Ele não se comunicava comigo há um certo tempo, aí acabei indo ver até onde o GPS estava indicando. Fui caminhando na rua e avistei o carro parado e fui correndo. Pensei que ele tinha passado mal, mas quando cheguei perto, vi familiares dele perto do carro e perguntei o que estava acontecendo. Ele já estava morto, parado na frente do hospital, que tinha uma placa imensa dizendo que não tinha emergência. Mas mesmo que não tivesse emergência, existem médicos aqui dentro, então por que não teve socorro? Os seguranças preferiram acionar uma patrulha da polícia a chamar um médico ou enfermeiro para prestar um primeiro atendimento. Tem relatos de que ele chegou aqui com vida e poderia ter sido salvo, e ninguém fez nada", disse a técnica de enfermagem.
O pai de Alexandre, Lourival Monteiro Souza, disse que o filho estava muito ferido e que morreu dentro do carro por não ter tido forças para sair do veículo. "Ele só deixou o carro todo ligado e só conseguiu puxar o freio de mão".
Em nota, a Uber disse lamentar "profundamente que motoristas parceiros sofram com a violência e brutalidade que permeiam nossa sociedade. Prestamos toda nossa solidariedade à família do motorista parceiro Alexandre Jorge Monteiro de Sousa neste momento tão difícil. A empresa permanece à disposição das autoridades para apoiar as investigações, nos termos da lei".