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Idosa desaparece após sair para pagar aluguel

Familiares relatam que não é primeira vez, mas que Zélia nunca ficou tanto tempo fora de casa

Zélia está desaparecida desde 7 de abril
Zélia está desaparecida desde 7 de abril -
Rio - Uma idosa de 67 anos desapareceu, no último dia 7, depois de sair de casa, em Inhaúma, na Zona Norte do Rio, para pagar o aluguel no bairro do Méier, também na Zona Norte. Zélia Maria Maggessi teria saído com os documentos, mas não levou o aparelho celular.
Em um relato, a filha da idosa, Bárbara Maggessi Bebianno, diz que foi informada do desaparecimento da mãe há poucos dias e registrou o caso nesta quarta-feira (21). Por conta da pandemia de covid-19 e por ter uma filha que ainda amamenta, ela conta que tem dificuldade em realizar buscas pelo paradeiro de Zélia.
Segundo o relato, Bárbara entrou em contato com a assistência social da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Tijuca, que informou, com base em consulta ao banco de dados, que a idosa não esteve no local ou em outra UPA. Ela então começou uma busca em hospitais, mas não conseguiu informações já que, de acordo com ela, a maioria não atende o telefone.
Ao procurar o Instituto Médico Legal (IML), Bárbara foi informada de que a idosa não deu entrada no local e que os corpos não identificados não condiziam com a descrição de Zélia. No relato, Bárbara diz que a mãe enfrenta um vício e que já não mora com ela há mais de 22 anos.
“Já não sei o que fazer. Minha mãe é uma pessoa complicada, viciada em jogos e, desde que não moramos mais juntas, não sei quem são seus amigos, seu círculo de amizades, por onde anda, o que faz. Sei que costura, porque é seu ofício principal”, desabafa ela, que não acredita que o sumiço possa ter sido provocado por violência doméstica.
“Não sei que tipo de relação ela tem, em termos de convivência com o marido, mas creio que não esteja sendo agredida dentro de casa, uma vez que o mesmo é pessoa idosa, doente, diabético e ‘amputado’, o que lhe dificultaria, sobremaneira, qualquer sucesso numa eventual tentativa de agressão.”
Segundo Bárbara e a enteada de Zélia, a analista financeira Yolanda Pach, de 30 anos, esta não é a primeira vez que a idosa desaparece, mas ela nunca tinha ficado tantos dias fora de casa. Yolanda também não mora com o pai e a madrasta. No relato, a filha conta que na última vez, a idosa apareceu em sua casa, desorientada.
“Da última vez ela apareceu aqui na minha casa, já tarde da noite, informando que bateu a cabeça e perdeu a memória e que, ajudada por um policial que se encontrava na Praça Nossa Senhora da Paz, veio andando com ele e viu a entrada do meu prédio, e lembrou que eu residia aqui. Não lembrava o apartamento, mas o porteiro tocou para a minha casa. Ela se alimentou, pediu para tomar um banho e a enteada dela enviou um carro para buscá-la e levar para casa.”
Familiares não souberam informar que roupas a idosa vestia quando saiu de casa. Informações que possam ajudar a encontrar Zélia podem ser passadas para Yolanda, por meio do telefone (21) 98477-2907.