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Homem que matou cachorro na Zona Oeste diz que atirou para se defender

Leonardo da Silva Martins, de 37 anos, afirmou em depoimento que cão avançou contra ele. Atirador pode ser indiciado pela morte do animal e por porte ilegal de arma

Leonardo da Silva Martins, de 37 anos, em foto de 2002
Leonardo da Silva Martins, de 37 anos, em foto de 2002 -
Rio - O homem que matou um cachorro em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio, contou em depoimento, nesta segunda-feira (15), que atirou para se defender do animal, que teria avançado nele. Leonardo da Silva Martins, de 37 anos, foi ouvido na 34ª DP (Bangu) e liberado no início da tarde. Nesta semana, moradores da Rua Francisco Leal, onde o crime aconteceu, na última sexta-feira (12), também são esperados para oitiva nesta semana.

"O autor esteve aqui na delegacia, na data de hoje, para prestar declarações, e sustentou que agiu em estado de necessidade. Disse que só atirou no cachorro para se defender, uma vez que o cachorro avançou nele. Com medo de ter sua integridade física violada, ele precisou matar o animal", relatou o delegado titular da distrital, Bruno Gilaberte.

Ainda segundo o delegado, o homem utilizou um revólver calibre 38 que alegou ter encontrado na comunidade onde mora e guardado para se proteger. Os agentes realizam buscas para localizar a arma. Informações preliminares apontaram que Leonardo era segurança na região onde o caso aconteceu, mas ele negou. Ao fim do inquérito, o atirador deve ser indiciado por porte ilegal de arma, além de pela morte do cão. Ele não tem anotações criminais. 

A ação foi registrada por câmeras de segurança. As imagens mostram Leonardo mexendo em uma motocicleta estacionada na calçada da rua e o cachorro se aproxima, abanando o rabo. Em seguida, o homem tenta afastá-lo fazendo gestos com a mão e o assusta. Depois, o animal avança na direção do dele, que recua, saca a arma e atira. Outro cão que se aproximava fugiu no momento em que ouviu o disparo.
O atirador fugiu a pé, abandonando o veículo. Através da placa do automotor, os agentes da 34ªDP chegaram ao primeiro dono, que apontou que havia sido comprada por Leonardo em 2019. A moto não foi apreendida por não tem pendências ou restrições. Ainda de acordo com Gilaberte, o animal era alimentado pelos moradores da rua mas, aparentemente, não tinha um tutor.

 
Leonardo da Silva Martins, de 37 anos, em foto de 2002 Vanessa Ataliba/Agência O Dia
Leonardo da Silva Martins prestou depoimento na 34ª DP (Bangu) nesta segunda-feira Vanessa Ataliba/Agência O Dia