PM, sogra e uma criança de 3 anos são mortos a tiros em Duque de Caxias

Bruno Barbosa de Abreu, lotado no BPVE, e as outras duas vítimas estavam dentro de um carro

Carro onde as vítimas estavam ficou destruído pelos tiros
Carro onde as vítimas estavam ficou destruído pelos tiros -
Rio - Um policial militar, a sogra e uma criança, de apenas 3 anos, morreram após serem baleados dentro de um veículo, na tarde deste sábado (1º), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A menina chegou a ser socorrida, mas não resistiu.
Segundo a Polícia Militar, agentes do 15º BPM (Duque de Caxias) foram acionados para uma ocorrência de homicídio na Avenida Darcy Vargas, no bairro Cidade dos Meninos. No local, a equipe encontrou o policial Bruno Barbosa de Abreu, do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), e a sogra do PM, ainda não identificada, mortos dentro do carro.
A criança foi socorrida e encaminhada para a Unidade Pré-Hospitalar (UPH) José Moreira da Silva, no bairro Pilar. De acordo com a Prefeitura de Duque de Caxias, E. C. da S. deu entrada com perfuração por arma de fogo no antebraço e no peito. Ela chegou em estado gravíssimo evoluindo com parada cardiorrespiratória. Após uma hora com as equipes fazendo manobras de reanimação, a menina morreu. 
A PM informou que criminosos armados, em um carro não identificado, atiraram diversas vezes contra o veículo da família, fugindo logo depois. A mãe da criança estava no local, mas não ficou ferida.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Segundo a Polícia Civil, as diligências estão em andamento para apurar a autoria e a motivação do crime. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias.
Agente acusado de envolvimento com milícia
O policial militar Bruno Barbosa de Abreu foi preso em 2021 por acusação de integrar uma milícia conhecida como "Comunidade amiga" ou "Carlinho Azevedo". Na época, a quadrilha atuava nas localidades da Malvina, Venda Velha, Parque José Bonifácio e Pau Branco, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. 
Segundo as investigações, o grupo atuava explorando sinal de TV clandestino, venda de gás, água, além de práticas de agiotagem, extorsão a comerciantes com a cobrança de taxas de segurança e controle sobre pontos de mototáxi, mediante cobranças, com ameaças e violência.
Agentes iniciaram a apuração sobre a quadrilha a partir de inquéritos de homicídios que tinham menção à organização criminosa que atuava nessas regiões. Os integrantes eram definidos como "extremamente violentos."
Bruno respondia o processo em prisão domiciliar desde o ano passado.