Atenção aos sintomas!
Doença contraída pela cantora Simaria não é contagiosa, mas exige cuidados
Diagnosticada com tuberculose ganglionar, a cantora Simaria, da dupla sertaneja com Simone, iniciou um tratamento, à base de antibióticos, que deve durar cerca de seis meses e a deixará afastada dos palcos, no mínimo, por 30 dias. Ao contrário da tuberculose pulmonar a mais comum, responsável por cerca de 85% dos casos , a forma ganglionar da doença não é contagiosa e, segundo especialistas, tem baixos índices de mortalidade.
Pessoas com baixa imunológica e muito estresse, e que se alimentam mal, são mais propensas a contrair a doença, que, como o nome diz, atinge os gânglios linfáticos, também chamados de linfonodos. Estes são pequenos órgãos de defesa localizados em várias partes do corpo, incluindo o pescoço, a região da clavícula, o tórax, as axilas e a virilha.
Os sintomas mais comuns da tuberculose ganglionar, segundo a médica Nicole Geovanna, são febre, tosse seca, emagrecimento (causado por falta de apetite) e aumento progressivo dos gânglios linfáticos. Normalmente, observa-se o aparecimento de um nódulo de crescimento lento e indolor em apenas um lado do pescoço. À medida que a doença avança, a pele que recobre o linfonodo pode ficar avermelhada e lustrosa. Em alguns casos pode se formar também uma fístula, com secreção e inflamação da pele.
O diagnóstico é feito por meio de análise, em laboratório, de material ganglionar, coletado em biópsia ou por meio de agulha, complementado por exame de imagem. Já o tratamento consiste na prescrição de remédios antibióticos, por via oral. Os pacientes não precisam ficar em isolamento, já que eles não são capazes de transmitir a bactéria causadora da doença a Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch.
Uma das formas de prevenção mais eficazes ocorre ainda na infância, quando os bebês recebem a vacina BCG Bacillus Calmette-Guérin , que faz parte do programa público de vacinação e protege contra todas as formas de tuberculose.
A situação no Brasil
Forma mais comum de tuberculose, a pulmonar é contagiosa e só em 2016 contaminou mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Brasil é responsável por um terço (33%) dos casos da doença nas Américas. O país tem cerca de 75 mil casos novos todos os anos, dos quais cerca de 6 mil (8%) estão relacionados a pacientes de Aids/HIV. A tuberculose está diretamente ligada a desafios sociais, como pobreza, miséria, exclusão e preconceito. Além das pessoas soropositivas, as populações indígena, carcerária e em situação de rua estão entre os mais vulneráveis a contrair a doença, além dos fumantes.