Por um turismo mais sustent�vel

Gaste com o artesanato local, pois assim, novamente, o dinheiro ir� circular e gerar benfeitorias para quem mais precisa, a popula��o

Por Hamilton Vasconcellos Presidente da Comiss�o de Turismo da OAB-RJ

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O ano de 2017 foi especial para o relacionamento turismo e natureza. A OMT - Organiza��o Mundial do Turismo - definiu estrat�gias para o crescimento planejado do setor como uma resposta � mudan�a clim�tica mundial e ao com�rcio ilegal de animais selvagens. Vale lembrar que o grande desafio do turismo sustent�vel � ser vi�vel economicamente, aceito culturalmente e praticado universalmente.

Nesse mesmo ano, o n�mero de turistas internacionais pelo mundo cresceu 7%, totalizando 1,3 bilh�o. � necess�rio, portanto, transformar essa "massa" de turistas em cidad�os conscientes, que gerem benef�cios �s comunidades locais e aos seus moradores. Mas, para que as a��es se concretizem, � necess�rio educa��o, investimento em turismo digital e novas tecnologias, cria��o de novos modelos de neg�cios e gest�o do crescimento do fluxo tur�stico, mantendo e ampliando a seguran�a e a prote��o do destino.

Em abril passado, os pa�ses do G20 reuniram-se e tra�aram diretrizes para um turismo sustent�vel e integrado � Agenda 2030. Com base nessa reuni�o foram delimitadas algumas diretrizes que incentivam o segmento. A primeira visa o incentivo �s pol�ticas que promovam o emprego pleno e produtivo e facilitem o progresso da inova��o no turismo, empresas sustent�veis e empreendedorismo, em particular entre as mulheres e os jovens.

Estabelecer estruturas favor�veis para estimular a inova��o, o empreendedorismo e conectar os ecossistemas que ligam start-ups, principais empresas, investidores e governos ao longo da cadeia de valor do turismo foi a segunda medida recomendada. A terceira pretende criar mecanismos de coopera��o entre institui��es educacionais em todos os n�veis, setor privado, governos e parceiros de tecnologia para revisar programas educacionais e pol�ticas de desenvolvimento de habilidades.

Foram estabelecidas, ainda, mais duas diretrizes. Uma ressalta a import�ncia dos setores do turismo, patrim�nio e cultura, pela sua contribui��o para a cria��o de empregos, bem como o seu papel na preserva��o e promo��o dos recursos culturais. J� a �ltima medida visa promover o uso da tecnologia digital para facilitar as viagens, bem como envolver os interessados em tecnologia nas pol�ticas nacionais de turismo.

Para que todas essas a��es sejam eficazes � fundamental que os turistas tamb�m adotem pr�ticas sustent�veis nas suas casas e nas suas viagens. � importante n�o esquecer a luz do quarto acesa; tomar banhos r�pidos, desligando a �gua enquanto se ensaboa; e dar prefer�ncia a caminhadas ou pedaladas, ao inv�s de usar o carro. Essas a��es, tanto na cidade de origem do turista, quanto no destino que ele est� visitando, criam um ambiente de sustentabilidade para o planeta.

Um outro cuidado importante refere-se ao local onde o turista faz as refei��es. Voc� deve estar se perguntando o que isso tem a ver com turismo sustent�vel? A explica��o � simples: ao gastar o dinheiro no com�rcio local, essa soma circula por toda a cadeia produtiva do destino, gerando um sentimento de felicidade pela presen�a do turista e, consequentemente, a preocupa��o em preservar o atrativo que levou o visitante at� l�: a natureza.

A mesma coisa acontece em rela��o �s lembrancinhas de viagem. Gaste com o artesanato local, pois assim, novamente, o dinheiro ir� circular e gerar benfeitorias para quem mais precisa, a popula��o. Estas s�o pequenas medidas que fazem voc� praticar turismo sustent�vel e ajudar a construir um mundo melhor.

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