Arretado, Carlos Eduardo inaugura seu primeiro delivery de cuscuz na comunidade

Após ficar desempregado, Carlos Eduardo do Nascimento se reinventou em meio à pandemia do novo coronavírus. Com a lembrança de um cuscuz que comeu em uma viagem ao Nordeste e um investimento de 200 reais, ele inovou e vem conquistando o paladar dos moradores das comunidades do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo com essa delícia pra lá de arretada. 

Edu relembra sua viagem e o talento para a cozinha. "Eu e minha esposa fizemos uma viagem para o Nordeste no ano passado de férias e conhecemos o cuscuz, foi tudo muito novo. A gente sentou na mesa, pedimos pra ver como era, entrei em detalhes com o garçom para saber como era feito. Voltamos para o Rio e não tínhamos o plano de montar nada. Depois veio essa pandemia, crise na economia, desemprego... Então, eu pensei: 'Porque não tentar?'. Mas esse dom culinário eu tenho de família, minha mãe era cozinheira trivial. Eu herdei esse dom culinário da minha mãe. Eu vi um modo de ganhar a pandemia fazendo cuscuz", contou. 

Em apenas duas semanas funcionando, 'O Cuscuz do Edu' já vende em média 90 e 100 cuscuz a cada sete dias. Os preços variam de R$12 a R$15 reais. No cardápio, o cuscuz tem até nome típico. Tem o abestado, apurrinhado, oxente, nordestão e muitos outros. Carlos Eduardo confessa que se surpreendeu com todo esse sucesso. "Nos surpreendemos muito com os pedidos, até porque foi uma inovação muito grande na comunidade Pavãozinho-Cantagalo. É algo que nunca foi feito por outra pessoa na comunidade. Nós temos aqui delivery de salgadinhos, sushi, fast food, pizza...Mas de cuscuz nordestino não tinha. Foi algo muito surpreendente quanto pra gente que fazemos quanto para os clientes que receberam a novidade", diz ele, que se orgulha do novo trabalho: 'Hoje eu e minha esposa vivemos do cuscuz'.