'O governo precisa atuar nas favelas'

Aos 42 anos, minha relação com o Cantagalo, Pavão e Pavãozinho é a mais intensa possível. Tento ajudar no que está ao meu alcance. Gosto de interagir com moradores, participar de parcerias com projetos e ONGs. É cansativo, mas nada melhor que ser solicitado e ajudar. O resultado me deixa satisfeito.

Na comunidade, sinto falta de área de lazer, um estacionamento para que os pedestres possam circular com tranquilidade, acessibilidade para deficientes, presença da prefeitura na conservação dos acessos, o elevador da Barão da Torre (parado há quase dois anos) e a volta do Rio Poupa Tempo. 

Precisamos que o governo atue nas favelas; planeje políticas públicas para crianças, adolescentes, juventude e terceira idade, e cursos de capacitação profissional. Ou seja, políticas públicas de verdade, pois os atuais governantes têm a pior administração que já tivemos no estado e no Brasil. Há cinco anos não vemos ações públicas aqui. Tenho fé que isso vai mudar, não perco a esperança. Enquanto esperamos, vamos agindo. Tem diversos projetos sociais que desenvolvem bem seus papeis nas nossas favelas: dança, música, esportes, arte, cultura e lazer, escolas, reforço escolar, creches, jornal digital comunitário. 

Nessa pandemia, através do Projeto Favela Solidária, arrecadamos pouco mais de R$ 20 mil, alimentos e produtos de higiene. O valor foi investido em cestas básicas, materiais de sanitização e assistência pessoal para moradores, como remédio. Com as cestas básicas, vindas de diversos países, atendemos não só nossas comunidades, mas outras favelas. Quero agradecer aos envolvidos: parceiros, voluntários e colaboradores, e ressaltar que ainda tem famílias precisando de ajuda. Estamos com nossa 'Vakinha Favela Solidária'. Seja solidário, doe!