"Os moradores, inclusive, rejeitam o termo 'complexo', por passar uma ideia de cidade partida, que a polícia usa para estereotipar a região como complexo", destaca Angélica Ferrarez, doutora em História Política pela Uerj e ex-pesquisadora da Rede da Maré.
Nascida e criada em Vigário Geral, a pesquisadora vê na Maré uma forte presença de intelectuais e artistas dentre os moradores. Para ela, de uma ponta a outra, da Linha Vermelha à Avenida Brasil, a Maré tem de tudo.
"Você tem o Morro do Timbau, que foi um dos primeiros a existir, na década de 1940, em um extremo, e no outro, o Parque União, 20 anos depois", assinala, destacando que o Parque União é considerado o polo gastronômico da região. "É o grande reduto de lazer e de cultura da Maré. Você tem um restaurante com comida nordestina e do lado outro com culinária japonesa".
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Para a pesquisadora, outras áreas do conjunto se destacam, como a Vila do Pinheiro, com um parque ecológico e hortas cultivadas pelos próprios moradores, e a Nova Holanda, que, para ela, é a comunidade que "mais dialoga com o Estado".
Destacando a forte influência de nordestinos entre a população local, Angélica enxerga nos jovens da Maré uma geração antenada e muito conectada.
"Pela juventude, eu definiria a Maré como cyber, uma coisa meio tecnológica, pelos acessos, pela informação que circula muito rápido, pela moda e pelo fato de ser uma comunidade muito urbana. Se eu for pela geração dos pais dessa juventude eu destacaria a Maré pelo Nordeste. Pelos avós, eu vejo a memória da água, do mangue, ainda nos tempos das palafitas", resume a pesquisadora.
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