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Confeiteira da comunidade Furnas vê negócio com bolos deslanchar

Empreendedora viu na crise da pandemia a oportunidade para abrir o seu próprio negócio

Patrícia Ferreira viu suas vendas triplicarem em poucos meses
Patrícia Ferreira viu suas vendas triplicarem em poucos meses -
Depois que teve o salário reduzido à metade em plena pandemia, a confeiteira Patrícia Ferreira, de 46 anos, viu na venda de bolos uma saída para a crise financeira da família. A moradora da comunidade Furnas, no Alto da Boa Vista, Zona Norte do Rio, pegou a covid-19 no início da quarentena, em abril, e ao voltar ao trabalho de gerente de padaria, dois meses depois, foi surpreendida pelo corte no salário.
"Vi que o valor que passaria a receber não daria para pagar as contas. Então, peguei parte do meu salário e comprei material para fazer bolos", a empreendedora relembra o surgimento do próprio negócio. "Eu já sabia cozinhar há muito tempo, porque trabalhei durante mais de 15 anos em casa de família e o mesmo período em padaria".
Patrícia começou vendendo seus produtos em uma pequena barraca que montava em uma ponte sobre o Rio Maracaí, na comunidade vizinha de Mata Machado. Ela sempre dividiu seu tempo de trabalho entre o próprio negócio e a padaria, onde é gerente.
"Eu mesma ficava lá na ponte, chamando os clientes para fazer degustação e vi que eles gostavam dos meus bolos. Passei a fazer entregas e o negócio foi crescendo", conta.

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O quiosque da confeiteira fica na comunidade Mata Machado Arquivo Pessoal
Empreendedora vê negócio deslanchar rapidamente Arquivo Pessoal
Empreendedora teve que fazer outros tipos de doces para oferecer aos clientes Arquivo Pessoal
Empreendedora vê negócio deslanchar rapidamente Arquivo Pessoal
Patrícia Ferreira viu suas vendas triplicarem em poucos meses Arquivo Pessoal
Empreendedora vê negócio deslanchar rapidamente Arquivo Pessoal
Empreendedora vê negócio deslanchar rapidamente Arquivo Pessoal
Empreendedora vê negócio deslanchar rapidamente Arquivo Pessoal
Empreendedora vê negócio deslanchar rapidamente Arquivo Pessoal
A iniciativa cresceu tanto, que Patrícia alugou, no início deste mês, um quiosque na região, que batizou de Delícias da Paty. Como ela se divide com o trabalho na padaria, contratou o cunhado para cuidar do local, que fica aberto das 10h às 22h.
NEGÓCIO EM FAMÍLIA
O sucesso do negócio fez as vendas triplicarem e a empreendedora se viu obrigada a diversificar os produtos. Se antes ela oferecia apenas bolos e pizzas, hoje vende uma variedade de doces. Com a rotina puxada, Patrícia vai lagar o trabalho na padaria para se dedicar apenas ao próprio negócio.
"Todo dia eu cozinho. Acordo 6h para finalizar os bolos que comecei a preparar na noite anterior e 14h pego na padaria, de onde saio às 22h. Quando chego em casa, começo a fazer os bolos do dia seguinte. Isso de segunda a segunda. Tem dias que viro a noite trabalhando e vou dormir lá pelas 6h", detalha.
O negócio iniciado em plena pandemia envolve toda a família, pois além do cunhado, o marido de Patrícia, que é padeiro, também a ajuda a fazer os produtos. Agora que vai se dedicar apenas ao quiosque, a empreendedora espera que as vendas cresçam ainda mais. 
"Espero aumentar as vendas bastante, porque vou me empenhar mais com os produtos e fazer coisa diferente. Os clientes gostam dos meus produtos, então, espero crescer ainda mais", anima-se.

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