Mais Lidas

Cria do São Carlos sustenta a família com quentinhas que chegam a Ipanema

Empreendedora da comunidade do Centro do Rio deixou o emprego de vendedora para abrir o próprio negócio

Lili tem um cardápio variado para oferecer aos seus clientes
Lili tem um cardápio variado para oferecer aos seus clientes -
É à base do arroz com feijão que Jacqueline Santana, de 29 anos, consegue sustentar a família de quatro pessoas. Cria do Morro São Carlos, há quatro anos a empreendedora deixou o emprego de vendedora para fazer quentinhas e pôr em prática o sonho de ter o próprio negócio. Lili, como é conhecida entre os clientes, mora com o marido, 31, e duas filhas, uma de seis e outra de 11 anos, na comunidade do Centro do Rio.
"Sempre tive vontade de ter o meu negócio. Quando descobri que tinha um talento, e sabia cozinhar, meu marido e eu conversamos e tocamos o barco", conta.
Na época, o marido deixou o emprego de mototaxista para ajudar nas entregas. Além do São Carlos, os dois também recebem pedidos de bairros da redondeza e até de Ipanema, na Zona Sul, onde a cozinheira tem clientes fiéis.
"Os clientes divulgam um para o outro. Eu também cheguei a me cadastrar no iFood e vendo até na Tijuca", comemora.
O cardápio da cozinheira é variado - Arquivo Pessoal
O cardápio de Jacqueline é bem variado, com filé de tilápia, frango à parmegiana, carré e até costela suína. As receitas são de família, mais especificamente da avó, que hoje tem 71 anos.
"Eu cresci vendo minha mãe e minha avó cozinhando. Mas minha avó é cozinheira de mão cheia, cozinha melhor do que qualquer um aqui em casa", enfatiza.
Quando resolveu cozinhar para fora, Jacqueline apenas fornecia suas quentinhas para o tio, que tem uma barraca na Praia de Ipanema. Um ano depois, ela expandiu o negócio, começando a vender para outras pessoas. Na pandemia, viu os pedidos caírem, mas conseguiu passar pelo período mais crítico da quarentena com ajuda do auxílio emergencial.
"A gente ficou um pouco apertado, porque muita gente parou de comprar com medo de contaminação. Também diminuímos a área de entrega, para evitar ir muito longe e a lugares com mais aglomeração", destaca.
A empreendedora sonha em ter um restaurante - Arquivo Pessoal
Mas o ritmo das vendas de antes está voltando e Jacqueline só pensa em trabalhar. A empreendedora sonha mais alto com suas quentinhas.
"Tenho o desejo de abrir um restaurante, aqui perto mesmo, do São Carlos. Para as pessoas poderem entrar e sentar para comer", projeta.
Lili tem um cardápio variado para oferecer aos seus clientes Arquivo Pessoal
Jacqueline prepara as refeições e o marido faz as entregas Arquivo Pessoal
A empreendedora sonha em ter um restaurante Arquivo Pessoal
O cardápio da cozinheira é variado Arquivo Pessoal