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Banco comunitário ajuda moradores da comunidade do Preventório

Colunista convidada desta semana, assistente social Cristiane Mahet fala do trabalho que vem realizando há oito anos na periferia de Niterói

Montagem das primeiras cestas conseguidas na pandemia
Montagem das primeiras cestas conseguidas na pandemia -
Meu nome é Cristiane Mahet, sou formada em Serviço Social e há cerca de oito anos conheci o Banco Comunitário do Preventório, que fica na comunidade de mesmo nome, em Niterói. O objetivo do banco é o desenvolvimento local, através de ações e projetos de apoio a moradores e pequenos negócios da região. Minha primeira atividade com ele foi uma apresentação de dança do ventre em um evento de promoção da cultura. Por ser comunicativa e já ser atuante em atividades solidárias, minha aproximação com a equipe foi natural.

Um dos projetos promovidos pelo banco, e ao qual me engajei, é o Cafofo, que foi escrito por Luciana Lopes e Marcos Rodrigo Maciel, fundador do banco e atual Conselheiro de Cultura de Niterói. Nele, trabalhamos com doação de roupas, brinquedos, utensílios domésticos, livros, dentre outros, que são vendidos a preços baixos e justos e os recursos destinados ao fundo social do banco e revertidos para a comunidade.

Durante a pandemia, o Banco Comunitário do Preventório teve um papel importante na promoção do comitê de solidariedade, reunindo 100 voluntários e 60 líderes comunitários. Através de uma vaquinha virtual, arrecadamos fundos para a compra de alimentos da agricultura familiar e de comerciantes locais com a finalidade de montarmos e distribuirmos cestas básicas.
Cristiane Mahet - Divulgação / Banco Comunitário do Preventório
De um lado, geramos renda para aqueles que de uma hora para outra ficaram sem clientes e, de outro, atendemos às necessidades básicas de alimentação de um um grupo que cresceu com os eventos desse ano atípico.
Com a ajuda de líderes locais, conseguimos atender demandas vindas de outras comunidades como Engenhoca, Fonseca, Jacaré, Jurujuba, Cavalão, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí. Particularmente fui observando outras carências como fraldas, remédios, brinquedos e roupas para as crianças. Com isso, aumentamos o leque da solidariedade e não nos restringindo a alimentos.
Tendo um filho de seis anos, com quintal em casa e renda, mas imaginei como algumas famílias estavam passando por processos depressivos por não saber o que fazer com suas crianças em, muitas vezes, espaços reduzidos e não raros insalubres; famílias numerosas e com baixa expectativa de renda e seus aluguéis se acumulando.
Mobilizadores conseguiram doação de alimentos para montar cestas básicas na pandemia - Divulgação / Banco Comunitário do Preventório
Com o avanço da pandemia, as arrecadações diminuíram e, assim, buscamos estratégias para a continuidade do trabalho, promovendo lives e rifas para atender aos diversos casos. Apesar de extrovertida e comunicativa, realizar uma live se mostrou um grande desafio, mas diante de tantos exemplos de superação que presenciei, esse não seria um obstáculo intransponível.
Ampliaremos nosso alcance com um novo projeto com a oferta de nano e microcrédito na moeda social digital Prevê, destinada a contextos periféricos em Niterói e adjacentes, em especial às mulheres. Em parceria com o Fundo Colaborativo Enfrente, precisamos arrecadar, até o dia 18 de dezembro, R$ 30 mil, que será acrescido de mais R$ 60 mil pelo fundo caso tenhamos êxito nessa primeira etapa da campanha.
Por isso, contamos com a sua colaboração para transformarmos a realidade das favelas através do Banco Comunitário do Preventório, fornecendo nano e microcrédito de forma justa a moradores e empreendedores locais desamparados pelo sistema bancário tradicional e carente de políticas públicas.
* O texto é de responsabilidade do autor
Montagem das primeiras cestas conseguidas na pandemia Divulgação / Banco Comunitário do Preventório
Cristiane Mahet Divulgação / Banco Comunitário do Preventório
Cristiane Mahet trabalha no banco comunitário há oito anos Divulgação / Banco Comunitário do Preventório
Cristiane Mahet Divulgação / Banco Comunitário do Preventório
Banco Comunitário do Preventório atende a comunidade de Niterói e adjacências Divulgação / Banco Comunitário do Preventório
A assistente social tem um filho de seis anos Divulgação / Banco Comunitário do Preventório
Cristiane Mahet Divulgação / Banco Comunitário do Preventório
Mobilizadores conseguiram doação de alimentos para montar cestas básicas na pandemia Divulgação / Banco Comunitário do Preventório
Mobilizadores conseguiram doação de alimentos para montar cestas básicas na pandemia Divulgação / Banco Comunitário do Preventório
Mobilizadores conseguiram doação de alimentos para montar cestas básicas na pandemia Divulgação / Banco Comunitário do Preventório
Cristiane Mahet Divulgação / Banco Comunitário do Preventório
Montagem das primeiras cestas conseguidas na pandemia Divulgação / Banco Comunitário do Preventório
Montagem das primeiras cestas conseguidas na pandemia Divulgação / Banco Comunitário do Preventório