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Favela Venceu

Cria do Jacaré, Jorge Knnawer montou sua própria agência de modelos que exalta a beleza das favelas

Apaixonado por moda, Jorge Knnawer é um empreendedor de sucesso
Apaixonado por moda, Jorge Knnawer é um empreendedor de sucesso -
Foi com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça, somada a vontade de realizar sonhos, que Jorge Knnawer, de 39 anos, cria do Jacaré, comunidade da Zona Norte do Rio, vem transformando vidas através de seus trabalho. Apaixonado pelo mundo da moda desde sempre, o fotógrafo, produtor e assessor venceu as barreiras do preconceito e abriu sua própria agência de modelos, a DGK IMAGEM, que valoriza a beleza das favelas. 
"Ir na contra mão do 'comercial' me fascina (risos). Hoje tenho 80% de modelos vindo de comunidade, periferia, que tem seus sonhos e não sabem por onde começar. Em uma comunidade tem cada beleza... pessoas com olhar penetrante, mulheres lindas e homens talentosos", diz ele, que sempre acreditou nas potencialidades da periferia. Mas essa caminhada não foi tão fácil quanto parece. 
Nascido e criado no Jacaré, Jorge viu muitas portas se fecharem. Mas algo dizia para ele que o empreendimento daria certo. "O mais difícil foi o descrédito que as pessoas te dão! Ninguém acredita em você, mas isso me deu forças para realizar meu sonho e colaborar com a realização dos sonhos de crianças, jovens e adultos. Foi difícil chegar até aqui. Não é impossível", comemora ele.
No casting da agência, pessoas de diferentes cores, corpos e localidades. Um start que surgiu desde que Jorge acompanhava revistas de moda, mas não via seu povo representado. "Desde pequeno vi o mundo da moda sublime. Sempre assistindo concursos pela TV. Ficava horas parado na banca de jornal olhando as revistas de moda. Já adulto comecei expressar a minha arte nos clicks, mas sentia que faltava algo. Comecei atuar em algumas agências como assistente de produção, maquiador, fotógrafo. Aquele verdadeiro 'faz tudo'", revela ele, que além de dar visibilidade, faz a vitória de sua agência, o sucesso da comunidade.
"A gente ainda consegue ajudar ONGs com as nossas lives e desfiles beneficente, onde arrecadamos alimentos. Isso não tem preço", comemora. 

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