Rompi barreiras para me tornar atleta de judô e aprendi a criar estratégias para alcançar meus objetivos. Depois do mestrado em Portugal, voltei para o Rio para dividir com crianças e jovens socialmente vulneráveis a possibilidade de crescimento que o judô me trouxe.
Junto com Luiz Alberto Gama de Mendonça (in memorian), em 2012, entramos no Complexo do Alemão com a Associação Nagai. De 10 crianças, em poucos meses, já treinávamos 150. A história do projeto acumula mais de mil alunos atendidos também com atividades culturais e educacionais.
No projeto, dissemino valores essenciais para enfrentarem os desafios da vida com honradez e capacidade de serem donos dos seus destinos.
O resultado tem sido motivante. Mesmo sem recursos adequados para o treinamento de alto rendimento, um dos alunos já representou o Brasil em campeonatos internacionais e dois dos meus senseis começaram aos 11 anos e hoje são estudantes universitários, faixas pretas de judô. São agentes da mudança de comportamento dos alunos que não davam importância aos estudos e agora sonham com a universidade.
Uma das atividades essenciais para cumprir o foco educacional é a parceria com o Instituto Estação das Letras, que promove rodas de leituras e encontros com os alunos. De 15 de março a 5 de abril, participarão de Autores e Livros: Encontros Literários no Complexo do Alemão e terão contato virtual com 12 escritores num momento essencial, já que as escolas estão fechadas.
Despertar para a leitura, ampliar a visão de mundo e a capacidade de entendimento me deixa mais próxima de um objetivo maior: formar campeões em qualquer área do conhecimento.