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Preservação da ancestralidade

Breno Bené toca o projeto Fruta do Pé que enaltece a cultura negra nas comunidades

Breno Bené e a Fruta do Pé
Breno Bené e a Fruta do Pé -

O samba é minha verdade. O samba é meu trabalho, meu espaço de lazer, instrumento de luta onde enalteço meus ancestrais. É o caminho que escolhi para colocar em prática tudo aquilo que acredito. Nasci em Inhoaíba, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, num compartilhado com os meus familiares, e aqui o samba sempre esteve presente. Aos 10 anos comecei a jogar no Flamengo, onde iniciei a minha carreira no futebol.

O divisor de águas para escolha do samba como ofício foi a criação do Fruta do Pé. Projeto fundado por mim, meu irmão e amigos onde o objetivo era encontrar pessoas que também buscavam a renovação e a manutenção de todos os valores africanos que resistiram através do samba. Além das nossas rodas de samba, em locais públicos, éramos convidados para falar sobre samba em escolas e eventos culturais pela Zona Oeste.

Um ano depois da criação do projeto, recebi propostas de alguns clubes, fui morar fora do estado e, posteriormente, fora do país, por isso passei dois anos afastado e o projeto ficou parado. Por todas as experiências que tive, por conta do futebol, sobre a questão racial para o povo preto no mundo inteiro, decidi largar tudo e voltar a me dedicar ao samba.

Desde então, criamos o Centro de Cultura Negra Fruta do Pé, temos nossos eventos mensais, parados por conta da pandemia. Por enquanto funcionamos com outras atividades como aulas de percussão, oficina de ritmistas, capoeira e dança, voltadas para a comunidade preta da Zona Oeste do Rio, buscando a preservação da ancestralidade nas manifestações culturais afro-brasileiras regionais.

Para conhecer mais sobre nossos cursos e nossa roda de samba, estamos nas redes sociais como @projetofrutadope. Te vejo por lá.

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