Luta contra remoção na Vila da Major

Em um pequeno morro da Rua Major Rubens Vaz, na Gávea, Zona Sul do Rio, cerca de 24 famílias habitam, há 88 anos, a Vila da Major. A localidade foi fundada com a autorização do então diretor do parque, Paulo Campos Porto, por ex-trabalhadores do Jardim Botânico que precisavam morar perto do emprego. Atualmente, eles sofrem com a ameaça de reintegração de posse em plena pandemia da Covid-19.

A medida, com prazo de 30 dias, contradiz a decisão do ministro do STF Luís Roberto Barroso, que suspendeu todos os processos e ações de remoção enquanto durar a pandemia por descumprir a garantia dos direitos sociais à saúde, moradia e dignidade humana, previstos pela Constituição.

O fato de os moradores da Vila da Major morarem há quase 90 anos no local torna o caso ainda mais sensível. "Na época que eles (primeiros habitantes) vieram pra cá não existia transporte público como hoje. Então era uma necessidade construir suas casas com seus próprios recursos, com muito sacrifício e suor", conta Felipe Guimarães, morador da vila e neto de Hernani da Silva Guimarães, um dos pioneiros. Ele considera que a notificação foi encaminhada de forma desproporcional e intimidadora. "Pareceu uma operação de guerra para prender algum bandido. Na verdade somos moradores históricos do local", diz.

Para saber mais e apoiar a luta dos moradores da Vila da Major, acesse o Instagram @viladamajorfica, criado como um convite para que a sua verdadeira história seja conhecida.