Tarifa Social de água pode ajudar famílias brasileiras

Muitas famílias que moram em periferias enfrentam dificuldades para arcar com as contas de água. Esse é o caso da Dona Francisca, a moradora da Cidade de Deus tem tido dificuldade para pagar sua conta. Mesmo sem hidrômetro e com um valor fixo estipulado pela concessionária, a aposentada tem sofrido para arcar com os R$ 52 reais cobrados mensalmente.

A criação de uma tarifa social para água e esgoto é uma necessidade para muitas famílias. Desde de 2018 tramita no congresso o Projeto de Lei 9543/2018 que prevê a implementação da tarifa. Se aprovado pode garantir que brasileiros cadastrados no CadÚnico e que tenham renda mensal inferior a meio salário mínimo tenham direito a 40% de desconto em suas contas.

Para a Casa Fluminense, instituição que defende a adoção de uma tarifa social nos moldes da já existente para contas de Luz, a PL peca ao limitar o consumo a apenas 10 mil litros de água, já que, segundo a ONU, cada pessoa precisa de pouco mais do que 3 mil litros para atender suas necessidades básicas, e muitas famílias possuem mais de 3 indivíduos, especialmente em periferias. Além disso, a organização defende que maiores descontos sejam dados a famílias em condições de extrema pobreza.

Enquanto a lei não é aprovada, Dona Francisca espera que, caso não seja contemplada pela Tarifa Social, os valores cobrados sejam melhor explicados de forma clara à população.

"Eu tava até querendo tirar um dia pra eu ir na Cedae pra ver isso, porque tá vindo essa conta alta, nem todo mundo aqui na Cidade de Deus paga água, mas eu pago água e luz! Minha conta de luz é pouquinha, mas a água tá vindo muito cara."