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Rosilene Rodrigues

Rose, como é conhecida no Jardim Catarina, em São Gonçalo, é a figura por trás do Centro Comunitário do Jardim Catarina (CCJC)

Rosilene Rodrigues
Rosilene Rodrigues -

O trecho da música que intitula essa coluna diz sobre quem é a educadora social Rosilene Rodrigues, de 59 anos. "É que o Zé bota a boca no mundo, ele faz um discurso profundo, ele quer ver o bem da favela". Rose, como é conhecida no Jardim Catarina, em São Gonçalo, é a figura por trás do Centro Comunitário do Jardim Catarina (CCJC), que atende a população da comunidade em diversas frentes. Conhecida por seus discursos acerca dos moradores e vivências que os atravessam, Rose preside o CCJC desde 2007. O espaço, que conta com cursos de capacitação e oficinas gratuitas, também é o local que mata a fome de mais de 700 famílias vulnerabilizadas com doações de cestas básicas. Nascida no próprio bairro através de uma parteira, Rose relembra sua trajetória, que acarretou sua participação em movimentos sociais. O olhar atento e as recordações de uma infância marcada pelo racismo também foram os principais marcadores para a inserção da gestora na luta por equidade. "Vivi o racismo através das piadas com fortes palavras que ficou marcado na minha história, vi o avanço desordenado do bairro por faltas de políticas públicas...Lembro que desde pequena eu debatia alguns assuntos, muitas vezes sem entender, mas estava lá. Ver todas estas dificuldades me motivou a participar de coletivos de consciência negra e grupos estudantis", afirma ela.

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