Junior Melo

O primeiro contato com a arte de Junior Melo, morador da Baixada Fluminense, foi através do coletivo F.A.L.A, em 2013, que dava aulas na Fundação Educacional de Duque de Caxias, a Feuduc. Segundo ele, o teatro foi uma experiência que deu sentido para o olhar mais artístico que fazia parte da sua personalidade desde a adolescência. Pouco tempo depois conseguiu ingressar num curso em Nova Iguaçu e, em 2016, fez sua primeira peça profissional em teatros como o SESI e também festivais pelo Rio de Janeiro.

Na mesma época, começou a estudar palhaçaria e a usar um nariz de palhaço como malabares, o que ajudava a conseguir o dinheiro da passagem para ir pra casa com algum trocado, ganhando uma independência da família, que sempre o apoiou, também se apresentou nos trens junto com o coletivo Sol sem dó. Em 2018, iniciou no curso da Martins Pena (termina este ano), projeto de referência mantido pelo Governo do Estado.

Atualmente está com duas peças premiadas, Panchito Gonzalez (ganhadora do júri popular do Festival de Teatro Universitário) e Revolução na América do Sul (que foi indicado ao prêmio de melhor elenco no APTR) — um dos prêmios mais tradicionais do Brasil. desenvolve seus trabalhos, principalmente, na Inepta. Cia, iniciada por ele com outros atores. Lá, criou a peça Benjamin, Te Sigo Daqui, sobre o palhaço Benjamin Oliveira, um dos primeiros artistas negros do mundo do circo.