'Brincadeira' de criança levada a sério

A história inspiradora de Jeferson da Rocha

Jeferson da Rocha
Jeferson da Rocha -

Tudo começou como uma brincadeira utilizando a máquina de cortar cabelo que ganhou do pai em seu aniversário de 11 anos. Jeferson da Rocha, 44, lembra que seus amigos do Conjunto do Campinho, em Campo Grande - RJ, pediam dinheiro aos pais para irem à barbearia cortar cabelo, ao invés disso, iam fazer o serviço com Jef e ficavam com o dinheiro para gastar em refrigerantes.

Com a chegada da vida adulta, Jeferson trabalhou em vários lugares e os cortes de cabelo não passariam de uma fase da infância. Mas, insatisfeito e sem perspectivas de crescimento, surgiu a ideia de fazer, do que era brincadeira de criança, o seu ganha pão.

Fez curso de cabeleireiro, contou a novidade para uma colega de trabalho, que disse para ele se especializar em relaxamento de cabelos crespos. Jefferson notou uma visão limitada e racista sobre a beleza negra da colega, mas percebeu a importância de focar em um público. Passou a conciliar o emprego com cursos e trabalhos em salões de beleza, até sair da empresa. Mudou-se para São Paulo com a esposa e trabalhou em diversos salões para conseguir viver do seu sonho. Hoje o cabeleireiro tem seu próprio salão com foco em cabelos crespos chamado Quilombo Hair, em São Paulo.

"A jornada foi difícil, só me arrependo de não ter começado a focar em cabelos crespos no início da minha carreira. Para mim não tem coisa melhor que atender os meus", afirma o profissional.

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