De cria para cria

Exposição foi inaugurada no dia 11 de março na galeria do SESC Nova Iguaçu

"De Cria para Cria - nós, o outro e o distante na BXD Contemporânea"
"De Cria para Cria - nós, o outro e o distante na BXD Contemporânea" -

No dia 11 de março, foi inaugurada uma exposição de curta duração na galeria do Sesc Nova Iguaçu. Com entrada gratuita e classificação livre, o público terá a oportunidade de visitá-la até o próximo domingo. A mostra reúne trabalhos de artistas da Baixada Fluminense, sendo eles: Asmahen Jaloul, Caio Luiz, Carlos Bobi, Diana Chagas e Guilherme Sofe. A coletiva é uma realização do Sesc com produção do Estúdio Criativo DesignLinhadas, formado por Elaine Rodrigues e Nathalie Peixoto, e co-produção da Estamira Produção Cultural, de Giordana Moreira. O texto curatorial, por sua vez, foi escrito pela historiadora da arte Gisele Castro. Em vista disso, vale ressaltar que não só os artistas, mas também a equipe é composta por profissionais desse território.

De Cria para Cria - nós, o outro e o distante na BXD Contemporânea, já anuncia no título o recorte adotado para a exposição, tanto no que se refere aos sujeitos - os crias - quanto ao espaço e tempo - a BXD Contemporânea. Mas o que criam os crias? Com diferentes olhares, temáticas e poéticas, os trabalhos foram selecionados considerando o público da instituição, em diálogo com a vida periférica. De um lado da galeria estão os quadros, separados por autores, enquanto do lado oposto, um espaço que remonta a um ateliê, onde cada artista está desenvolvendo uma pintura inédita. Nesse sentido, tal projeto viabiliza acompanhar o processo de criação pessoalmente, da tela em branco ao resultado final.

Frente a diferentes identidades e imaginários, o território é o ponto de convergência entre eles. Carlos Bobi é o veterano do grupo, já expôs nessa galeria no início dos anos 2000, quando se dedicava ao grafite. Para a exposição em cartaz, trouxe seus trabalhos mais recentes. Na sequência temos Guilherme Sofe, representando o cotidiano dos jovens da quebrada, realidade na qual está inserido. A vivência também é uma questão que norteia a produção de Asmahen Jaloul, no entanto, diferencia-se por compartilhar o trânsito entre Oriente Médio e Brasil. Ela nos convida a pensar sobre os imigrantes na Baixada Fluminense, de modo que sua investigação parte de sua história e de sua família. Com fragmentos do dia a dia, Caio Luiz busca gerar identificação no observador e criar a sensação de pertencimento. Por último, Diana Chagas, com paisagens de cores vibrantes. A natureza, sem a presença humana, traz uma outra dimensão, lembrando-nos da riqueza de nossa vegetação.

Portanto, o conjunto abarca a pluralidade de narrativas e visualidades do território.

De nós para nós, a exposição valoriza o que se tem produzido de Artes Visuais na Baixada Fluminense, visando uma maior aproximação entre artista e público. Atividades como essas são para todos e não para poucos. Que os nossos crias nunca parem de criar!

"De Cria para Cria - nós, o outro e o distante na BXD Contemporânea"
"De Cria para Cria - nós, o outro e o distante na BXD Contemporânea" Giordana Moreira/Divulgação

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