Funk contra criminalização da cultura preta

Projeto Casa Funk, desenvolve esse trabalho sob um ponto de vista decolonial

Casa Funk
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É possível preservar a memória e a cultura do povo preto por meio do Afrofuturismo. O projeto Casa Funk desenvolve esse trabalho sob um ponto de vista decolonial, mostrando o outro lado da história do Brasil a partir de vozes negras, tendo a música enquanto tecnologia de registro histórico.

A Casa Funk surgiu em 2018 para lutar contra a criminalização do funk e consequentemente de corpos negros que narram o movimento. A iniciativa busca introduzir jovens a partir dos 18 anos na área de produção cultural, de forma a contribuir para o enfrentamento das desigualdades de raça no acesso ao mercado profissional. O programa, que está em sua segunda edição, selecionará pessoas que atuem na cena do funk no Brasil para aprofundarem seus conhecimentos em produção cultural e no universo do funk.

Através de um percurso formativo on-line, a Casa Funk vai estimular a troca de experiências, saberes e a criação de redes entre as pessoas participantes com os profissionais que estão no mercado, incentivando a produção artística autoral, coletiva e a aplicação prática dos conhecimentos compartilhados.

A publicitária Rachel Xexeu é a idealizadora do projeto, que é patrocinado pela Oi Futuro através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro. Rachel reforça o quanto é importante ter profissionais negros capacitados para conduzirem eventos voltados para a cultura preta.

"Dessa vez, o projeto volta a dialogar com jovens de 18 anos. Para isso, a organização preparou uma plataforma on-line para que eles possam começar a ter uma introdução decolonial sobre cultura preta carioca e produção de eventos e bailes, resgatando o objetivo dos bailes da década de 70. O objetivo é proporcionar uma presença ativa de jovens pretos e periféricos liderando grandes eventos que mostram a cultura negra para o mundo", explica Rachel.

Para quem quer uma formação em produção cultural, para ocupar as arenas localizadas na Zona Norte com bailes com foco na cultura local, as inscrições estarão abertas até dia 18 de junho. Os interessados devem acessar o formulário através do link disponível no perfil @casafunk_ do Instagram.

Para participar do curso, é preciso ter concluído o ensino médio ou estar matriculado em uma rede de ensino público ou particular. Quem for selecionado precisa ter disponibilidade para acessar as aulas de forma on-line nos dias e horários determinados pela organização para realização das atividades. A programação acontecerá prioritariamente durante a semana das 20h às 22h, de maio a junho.

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Casa Funk Divulgação

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