Belém do Pará vive, neste final de semana, a celebração histórica do Festival Psica 2024. O evento teve início na última sexta-feira (13) e termina hoje, 15 de dezembro, com mais de 50 atrações, unindo ritmos e culturas da Pan-Amazônia e do Brasil.
Em sua 13ª edição, o festival se destaca por colocar a música e a cultura das periferias no centro, com shows gratuitos no bairro da Cidade Velha e no Estádio Mangueirão. Entre as atrações é a estreante Larinhx, artista cria de Queimados, que, vinda da Baixada Fluminense, traz ao Psica a energia do funk e das batidas digitais.
Para ela, estar no festival é uma oportunidade única de expandir sua música e se conectar com o público amazônico. "Pra mim é uma honra levar meu som pra um dos lugares mais importantes e ricos do Brasil. Meu trabalho é sobre vivências reais, feito por pessoas reais, e por isso me sinto feliz em expandir e me conectar com esse espaço", afirma Larinhx, que vê sua apresentação como um intercâmbio cultural importante.
A inclusão de Larinhx no festival reforça a proposta do Psica de dar visibilidade à cultura periférica, fortalecendo a troca entre as diversas realidades do Brasil. “A cultura das periferias, subúrbios e favelas do Brasil são a base de toda nossa música. Eu acho muito importante esse intercâmbio cultural dentro do país porque cada região tem a sua forma de contar a própria história. Levar o funk e as batidas que eu crio pra outras regiões é sobre fazer com que entendam o que eu acredito através do meu som”, diz Larinhx, destacando o impacto que a troca cultural tem em sua própria obra.
Além de Larinhx, o line-up do festival conta com nomes como Liniker, Pabllo Vittar, João Gomes, BaianaSystem e Fafá de Belém, com uma programação que celebra a pluralidade de estilos musicais. O Psica também marca sua edição histórica ao trazer, pela primeira vez, atrações internacionais, ampliando ainda mais seu impacto cultural.
O festival, que tem como diretores Jeft Dias e Gerson Junior, reafirma seu papel de plataforma para a cultura periférica, conectando as Amazônias brasileira e internacional, e oferecendo ao público um espetáculo único de diversidade sonora e cultural.
“O Psica é um festival que muda a nossa vida. As pessoas, o clima, o ambiente, tudo nos invade de uma forma, que a gente fica o ano inteiro esperando acontecer. É como um portal para a cultura brasileira do norte de uma forma visceral”, afirmou Jairo Malta, coordenador de relações públicas do festival.
Por Isabelle Venancio, coordenadora de comunicação do PerifaConnection