Desde 2024, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Coletivo Ewé, desenvolve o projeto Plantando Saúde. A iniciativa tem como objetivo fortalecer a relação entre os saberes tradicionais dos povos de terreiro e as políticas públicas de saúde, por meio da construção de hortas comunitárias e da valorização da soberania alimentar e do uso de plantas medicinais nas práticas afro-brasileiras.
O projeto atua em 16 comunidades de terreiros e quilombos localizadas no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense, abrangendo territórios como Gamboa, Cidade Nova, Quintino de Bocaiúva, Jacarepaguá, Campo Grande, Parque Anchieta, Duque de Caxias, São João de Meriti, Magé, Nova Iguaçu e Guapimirim.
Entre os principais eixos do Plantando Saúde estão a agricultura urbana, o saneamento ambiental, a compostagem, as cozinhas solidárias e a educação popular. As ações buscam promover um modelo de saúde mais inclusivo, sustentável e conectado aos territórios, reconhecendo o protagonismo das comunidades negras na construção do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para o Ogã Jaçanã, responsável pelo acompanhamento do projeto no Centro Espírita Caridade Eterna, em Quintino, "o Plantando Saúde é o reconhecimento de centenas de anos de conhecimento popular sistematizado no tratamento da saúde da população."
Neste momento, o projeto deu início a um ciclo de oficinas semanais abertas ao público, realizadas na Tenda da Ciência da Fiocruz. As próximas oficinas serão no dia 11/07 e 18/08 de 9h às 13h. Os encontros abordam temas como hipertensão, diabetes e anemia falciforme, considerando as condições de vida das populações negras e os saberes ancestrais como parte fundamental do cuidado em saúde.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: plantandosaudefiocruz@gmail.com.