No coração de Tinguá, em Nova Iguaçu, o Assentamento Terra Prometida mostra como a coletividade pode transformar a terra em alimento, renda e esperança. Desde 1999, as famílias assentadas seguem firmes na produção agroecológica, mesmo sem a infraestrutura prometida pelos governos. Hoje, o espaço é referência de cultivo sustentável, criação de pequenos animais e geração de renda, sempre de forma coletiva.
"Estamos aqui para resistir e produzir vida", resume Bia Carvalho, assentada e presidente do Coletivo Terra.
Mas a história de resistência também vem acompanhada de desafios. No dia 6 de agosto, os assentados precisaram retomar a área social coletiva fundamental para viveiros, produção de mudas e uso comunitário, depois de tentativas de invasão. Segundo eles, mesmo após vistorias do Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio (Iterj), as medidas necessárias para garantir a posse coletiva da área ainda não foram tomadas.
O grupo reivindica que o órgão estadual assegure o que já foi decidido em assembleia: retirada dos invasores, garantia de uso comunitário do espaço e regularização de lotes vagos para famílias assentadas.
"Precisamos de uma solução rápida para devolver a segurança às famílias. Só queremos usar o que é nosso por direito, garantindo que o espaço sirva para a construção de viveiros, produção de mudas, alimentos e criação de pequenos animais, sempre respeitando o meio ambiente", reforça Bia.

