Floresceu uma nova iniciativa que promete agitar a cena da Zona Oeste e ecoar pelas periferias de todo o Brasil: o IPPÊ – Instituto para Periferias. No dia 06/10, o antigo Coletivo Negro Waldir Onofre ganhou uma nova cara, com direito a identidade visual repaginada e um pacote de metodologias inéditas que unem pesquisa, educação e cultura para fortalecer o desenvolvimento territorial.
Com sede em Padre Miguel, no coração da Zona Oeste, o IPPÊ é residente do Espaço Cultural Márcio Conde e chega com a missão de organizar dados a partir de ativações culturais e educacionais, ajudando a transformar a realidade de comunidades cariocas. A ideia é clara: produzir conhecimento das próprias periferias, criando caminhos para a incidência política e impactos diretos nos territórios.
A caminhada não começou ontem. São sete anos de atuação que já renderam projetos de peso, como o Festival de Música e Cultura de Rua de Bangu, a campanha Zona Oeste Sem Fome, o Programa de Produtores Culturais das Periferias, a Agenda Campo Grande 2030 e o Poesia Preta, iniciativa que já fez até parceria com o Cantinho de Poesias. Cada ação fortalece a prova de que a periferia tem voz, potência e método para propor soluções reais.
O IPPÊ nasce, portanto, com raízes firmes e flores que apontam para o futuro. Ao se consolidar como um instituto de pesquisa com olhar voltado para as bordas da cidade, a organização mostra que as periferias não são apenas objeto de estudo: são produtoras de conhecimento e protagonistas da transformação social.
Da Zona Oeste para o Brasil, o IPPÊ quer mostrar que, quando o saber floresce nas quebradas, as políticas públicas ganham cheiro, cor e verdade popular. Quer conhecer mais? Entre nas redes sociais @somosippe.
Por: Ingrid Nascimento, historiadora e colaboradora do PerifaConnection.

