Para combater a nuvem de mosquitos borrachudos que atrapalha a vida cotidiana na Mata Machado, Alto da Boa Vista, moradores decidiram fazer a diferença. Para que a mudança acontecesse, agentes comunitários se uniram na missão de uma grande limpeza nos rios da região — local de possível foco dos borrachudos. Mesmo sem equipamentos adequados, em outubro de 2024, no auge da proliferação, o mutirão aconteceu a partir de dois fatores decisivos: a falta de interesse do poder público em resolver o problema e o sofrimento da comunidade, em especial das crianças. O excesso de borrachudos afetava a convivência e o lazer. Dentro das salas de aula, a situação também era difícil, já que estudantes eram constantemente picados pelos mosquitos.
Para que sejam realizadas com mais intensidades as limpezas mensais dos rios e adjacências, quem organiza e mobiliza as pessoas é a Rede de Suporte e Integração - RSI. Contando com o suporte técnico de Sinara Teixeira, Cristiano Henrique, Joel Leal, Rosilene Alcântara, a RSI busca parcerias para o envio de equipamentos específicos de proteção e doações.
"Até agora, não recebemos nenhum apoio direto. Só depois que a situação avançou para os bairros nobres e começou a incomodar a elite é que vimos algumas movimentações da Comlurb. Antes disso, já havíamos solicitado ajuda à prefeitura, mas não tivemos retorno. Seguimos enfrentando essa realidade com os nossos próprios esforços", explica Sinara.
Em momentos mais constantes, já chegaram a participar cerca de 22 moradores. Atualmente, de 7 a 10 pessoas estão nas atividades. Os mutirões são mensais e têm o objetivo de deixar a Mata Machado livre de pragas urbanas e sustentável para novas gerações. Para doações de materiais de suporte, entre em contato no Instagram: @rsiabv. Faça um Pix solidário em: 62584228000123 (CNPJ).