Rio - O carnavalesco Leandro Vieira detonou as mudanças dos desfiles do Grupo Especial, que incluem apenas quatro escolas por noite em três dias de apresentações. Em uma sequência de postagens do X, o profissional da Imperatriz fez uma análise dos perrengues no primeiro dia, que incluiu o metrô lotado de madrugada.
"Ontem, o desfile das escolas de samba acabou faltando pouco para as quatro da manhã para o público dos primeiros setores da Avenida. Na sequência, em menos de vinte minutos, o que se ouviu foi a música eletrônica dos camarotes ser aumentada. Pra eles, a festa seguiu", iniciou ele na segunda-feira (3).
Segundo Leandro, para o público interessado em ver os desfiles, restou deixar a Sapucaí no escuro da madrugada e "passar um perrengue do c... (inclusive eu) pra deixar o local. A entrada do metrô estava abarrotada e ficou muito claro que isso não foi pensado de forma coerente pelos organizadores", continuou.
As rodas de samba que foram novidades desse ano também não foram aprovadas pelo carnavalesco.
"Tenho o maior respeito pelas rodas de samba da cidade (frequento e sou amigo de seus organizadores) mas o fato é que, quem vai pra Avenida nesses dias, quer ver escolas de samba e a maneira única como elas apresentam aquilo que inventaram ao unir música, dança e visualidade", complementou.
"Não sou purista, mas basta olhar a primeira noite que serve como experiência do modelo pra perceber que quatro escolas por noite é uma BOLA FORA. PRA MIM, o formato botou água no chope do sambista e melou a experiência do público que (como eu) quer desfile de escola de samba", concluiu.
A crítica de Leandro Vieira rendeu muitos comentários na rede social, boa parte concordando com o que foi dito por ele.
"Estão querendo tirar o povão da Sapucaí, como fizeram nos estádios 'Fifa' pós copa.", disse uma seguidora.
"E ainda digo mais jogar bola no camarote podendo cair na avenida desrespeito total com o carnaval acabou respeito muito trabalho de todos vocês carnavalescos, mas acabou o carnaval quem quiser curtir que vai para os seus blocos porque a Sapucaí está uma burguesia que só", opinou um internauta.
"Esses três dias é mais uma ação lucrativa do que benéfica em experiência para quem vai assistir apenas aos desfiles. E isso é conivente para a liga e as escolas pq é muito dinheiro que recebem. Sempre será o lucro acima da experiência de um desfile", disse mais um seguidor.
Ontem, o desfile DAS ESCOLAS DE SAMBA acabou faltando pouco para as quatro da manhã para o público dos primeiros setores da Avenida. Na sequência, em menos de VINTE MINUTOS, o que se ouviu foi a música eletrônica dos camarotes ser aumentada. Pra eles, a festa seguiu!
— Ando meio desligado (@leandrovieirarj) March 3, 2025
Novo presidente da Liesa garante que mudanças elevaram nível dos desfiles
Em seu primeiro ano à frente da presidência da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Gabriel David, de 27 anos, garantiu que todas as mudanças feitas para o desfile de 2025 foram para oferecer um Carnaval de alto nível.
"Nós estamos fazendo um Carnaval de alto nível e estamos quebrando padrões. Claro que de início vai assustar", disse o presidente em entrevista ao DIA.
"Nós estamos fazendo um Carnaval de alto nível e estamos quebrando padrões. Claro que de início vai assustar", disse o presidente em entrevista ao DIA.
No segundo dia de apresentações do Grupo Especial, algumas mudanças foram criticadas pelo público, como terminar antes de amanhecer. Contudo, o mais jovem comandante da Liesa valorizou as decisões tomadas.
"Profissionalmente falando, eu estou mais tranquilo hoje. Tenho a consciência dos riscos, mas todas a mudanças que trouxemos para esse ano foram feitas com muita consciência e ética. Neste ano, todas as escolas terão seus momentos de se destacar", afirmou.
Além de presidente da Liesa, Gabriel é o filho mais novo do presidente de honra da Beija-Flor, Anísio Abraão David. Ao ser questionado se está torcendo para a escola de Nilópolis levar o título, David foi firme: "Não posso ter uma favorita. Também não sou julgador", comentou.
"Profissionalmente falando, eu estou mais tranquilo hoje. Tenho a consciência dos riscos, mas todas a mudanças que trouxemos para esse ano foram feitas com muita consciência e ética. Neste ano, todas as escolas terão seus momentos de se destacar", afirmou.
Além de presidente da Liesa, Gabriel é o filho mais novo do presidente de honra da Beija-Flor, Anísio Abraão David. Ao ser questionado se está torcendo para a escola de Nilópolis levar o título, David foi firme: "Não posso ter uma favorita. Também não sou julgador", comentou.