Luisa Marilac, que ficou famosa após um vídeo seu na piscina tomando drink viralizar nas redes sociais, conta que é vítima de homofobia desde muito jovem. Recém chegada a São Paulo, ainda na adolescência, ela foi golpeada com facadas. "Cheguei a ficar em coma. Tinha acabado de chegar do interior de Minas, estava sentada em um bar com amigos. Só senti minhas costas queimarem", conta ela no "The Noite", que vai ao ar hoje no SBT.
A todo vapor em torno do lançamento de seu livro "Eu, travesti", ela conta que pretende dar voz a outras pessoas que, assim como ela, sofreram preconceito. "As pessoas acham que toda travesti se vitimiza. Falo (no livro) de amor, tráfico internacional, filme pornô... A travesti no nosso país, infelizmente, não tem o direito de ir e vir. A expectativa de vida para mulheres é de 35 anos", completa.
Sua identificação com o gênero feminino começou cedo. "Desde que me entendo por gente. Minha mãe saía para trabalhar e eu já começava a vestir a roupa dela e dançar 'A Rainha da Sucata'", recorda Luisa, que sempre teve dificuldades para conseguir emprego, na juventude, e precisou se prostituiu na Europa: "Nunca gostei da prostituição. É diferente você se prostituir e gostar de sexo. Nunca tive a oportunidade de ter carteira assinada", dispara.
Luisa ainda explica como surgiu a ideia do vídeo, postado em 2013, que fez uma maior sucesso e a tornou uma celebridade da internet. Me ligaram falando que bombou. Entrei em depressão, tentei tirar do ar. A história era pra dizer para um ex-marido - que me roubou - que eu estava bem. Foi o que me deu força, porque sou tímida", assume. Ela conta que o ex chegou a entrar em contato após o episódio. "Perdoei. Sou apaixonada por ele até hoje".