A escritora e atriz Fernanda Young morreu, aos 49 anos, neste domingo, em Minas Gerais. Ela estava num sítio da família quando passou mal. Segundo amigos próximos, Fernanda teve uma crise de asma e uma parada cardíaca. Nas redes sociais, a Fernanda já havia desabafado sobre a doença, que é incurável.
Em 2013, a atriz fez uma publicação relatando que havia enfrentado uma forte crise de asma. Na ocasião, ela teve problemas ao tentar comprar remédios em São Paulo.
“2:00 da manhã, a crise de asma me leva a farmácia. Tenho 80 reais e um cartão AMEX. O SISTEMA esta com problema. Valor da compra: 87 reais. Asma pode matar, e já tive crises severas. Peço um desconto. O vendedor diz que não pode. Estou passando mal e explico, ele se nega a ajudar. Tento ser rápida, preciso do medicamento. Ele diz que com receita é mais barato. Peço, nervosa, compaixão. O rapaz, Marcos, insiste que não. A culpa é do Sistema e ele não vai dar desconto, nem pagar do próprio bolso. Digo que sou mãe, que sou conhecida, que posso ter algo grave. Resolvo por um remédio e deixo o outro. Uso imediatamente. Ameaço expor a farmácia por anti-ética, ninguém liga. Saio de lá um pouco melhor, passo em outra farmácia, O Sistema aceita, e eu o uso. Agora em casa penso sobre como é banal morrer aqui. No Brasil morrer é dar uma morridinha, como dar uma trepadinha, uma corridinha, uma dançadinha. Dane-se a vida. Um ciclista morre, e dane-se. Casas caem e danem-se, jovens se queimam enquanto comemoram e danem-se. São só morridinhas. Drogaria, estou melhor, e dane-se eu”, escreveu.

