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Matheus Ribeiro vai processar radialista após ser chamado de queima rosca

Luiz Gama fez ataques homofóbicos ao âncora que apresentou o "Jornal Nacional" no último dia 9 e virou assunto por se o primeiro gay na bancada

Matheus Ribeiro
Matheus Ribeiro -
São Paulo - O jornalista Matheus Ribeiro, de 26 anos, virou assunto no País por ser o primeiro jornalista assumidamente gay a apresentar o “ Jornal Nacional ”. Após a grande repercussão, o radialista Luiz Gama resolveu opinar e fez publicações homofobias que, ao que tudo indica, não passarão impunes. Segundo informações da Folha de S. Paulo , o jovem jornalista vai processar o radialista .

Tudo começou quando Luiz Gama fez uma publicação claramente falando de Matheus Ribeiro : “Putz! Onde o Brasil vai parar? Queimar rosca agora é moda. Um apresentador de telejornal de qualidade média virou a bola da vez no jornalismo nacional só porque revelou que sua rosquinha está à disposição. A qualidade profissional que se f...”.

O radialista também comentou sobre a não obrigatoriedade do diploma para ser jornalista e, sem citar seu nome, criticou Maju Coutinho : “O Jair Bolsonaro está corretíssimo ao acabar com o registro na DRT e por acabar com a exigência de diploma para jornalistas. Afinal, tem uma fraquíssima em rede nacional só por causa da cor da pele e outro comunzão fazendo fama só porque avisou que queima a rosca”.

Com a repercussão negativa dos ataques homofóbico e racista , o radialista excluiu as duas publicações, mas isso não foi o suficiente. A advogada de Matheus Ribeiro, Maria Thereza Alencastro, disse a Folha que o jornalista decidiu processar o Luiz Gama e que medidas nas áreas cível e criminal estão sendo tomadas. Também será pedida uma indenização por danos morais e crime de racismo – que inclui a homofobia.
O Sindicato dos Jornalistas de Goiás soltou uma nota de repúdio em apoio a Matheus Ribeiro e Maju Coutinho. Nela, o SindJor Goiás diz que se solidariza com os profissionais que tem atuado de forma ética e responsável, mas são caluniados por conta da orientação sexual e pela cor da pele. A Band News Goiânia afirmou, em nota, a Folha que não interfere na opinião dos seus colaboradores, já a Globo não se pronunciou.