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Namorado da influencer Sthefane Matos já foi condenado por estupro

Caso aconteceu em 2006, quando o tatuador Victor Igor ainda era menor de idade

Sthe Matos/ Victor Igor
Sthe Matos/ Victor Igor -
Foi só o tatuador Victor Igor, que aparece em cenas de sexo com a influenciadora Sthefane Matos em vídeo vazado nas redes sociais, ganhar fama com a repercussão do caso, que o passado do rapaz já veio à tona. O site "BNews" teve acesso a um processo em que Victor foi condenado por estupro. O caso aconteceu no dia 14 de dezembro de 2006, quando o namorado da influencer ainda era menor de idade. Na época, segundo a reportagem, ele participou de abuso sexual contra uma adolescente juntamente com seu irmão e outras duas pessoas.

Conforme consta nos autos, o estupro aconteceu na casa de Victor e Thiago, na Travessa Armando Tavares, no bairro de Vila Laura, em Salvador, onde a vítima "foi forçada a manter relações sexuais mediante emprego de força física e ameaças de espancamento, constando que a ofendida foi submetida a sexo anal e vaginal com dois adolescentes, à época - Victor Igor Lima Dias da Silva e outro de prenome Rafael". E que também foi forçada a fazer sexo oral em Thaigo, sendo que a ação delituosa foi fotografada por Edvaldo, apelidado de 'Tiririca', com o uso de um aparelho celular.

No processo 0113273-95.2007.805.0001, que tramitou na 2ª Vara dos Feitos Relativos aos Crimes Praticados Contra Criança e Adolescente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), os "Réus confessaram a realização dos atos sexuais com a ofendida (vítima), bem como a realização de fotos por parte do corréu Edvaldo, porém apresentando versão alternativa, no sentido de que tudo teria sido praticado com o consentimento da vítima, devendo-se ressaltar que o contexto evidencia, ao contrário, a execução forçada dos atos delituosos por parte de todos os autores, inclusive tendo-se como base as confissões prestadas, na polícia e em juízo, no sentido de que a ofendida (vítima) gritou por socorro aos prantos, com a chegada no local da mãe de dois dos envolvidos (Thiago e Victor)".

Além dos laudos de exames que constataram "sinais de conjunção carnal recente devido a hiperemia de fúrcula vaginal e fissura anal", que foram realizados menos de 24h após o ato, a vítima "afirmou, de modo seguro e coerente, em três ocasiões (duas na polícia e uma em juízo), ter sido segurada e jogada num colchão por Victor Igor Lima Dias da Silva, que proferiu ameaças no sentido de que, se não realizasse sexo oral na sua pessoa e na de Rafael, iria sofrer uma surra, a ser executada por Thiago e pelo réu Edvaldo”.
Diante dos depoimentos e provas apresentadas, ainda em primeiro grau, Thiago foi condenado à seis anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, Edvaldo a quatro anos de reclusão em regime prisional inicialmente aberto, restando substituída por prestação de serviços à comunidade e limitação de fim de semana. Já Victor Igor Lima Dias da Silva e Rafael, ambos menores na data do fato, foram processados em ação sócio-educativa.

Em 2011, a defesa do irmão de Victor entrou com recurso 0008391-80.2010.805.0000, em face do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), pedindo a absolvição de Thiago. No entanto, conforme consta na edição nº 546, do dia 25 de agosto, do Diário de Justiça Eletrônico do TJ-BA, a revisão criminal reformou a pena para regime semiaberto, mas mantendo a condenação. Três meses depois, os réus solicitaram a exclusão dos nomes no sistema do TJ-BA, em razão do encerramento do processo e cumprimento da pena, que foi acatado conforme despacho do juiz Paulo Cesar Bandeira de Melo Jorge.